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Governo vai adquirir novos ventiladores e testes de diagnóstico de forma coordenada com a UE

A ministra da Saúde, Marta Temido, revelou que a aquisição do material será feita de forma conjunta com os restantes Estados-membros da União Europeia (UE), depois de a Comissão Europeia ter apelado “à manutenção de medidas coordenadas”.
  • Marta Temido, ministra da Saúde
16 Março 2020, 13h29

A ministra da Saúde, Marta Temido, informou esta segunda-feira que o Governo vai adquirir novos ventiladores e testes de diagnóstico laboratorial para dar resposta ao surto do novo coronavírus (Covid-19). Marta Temido revelou que a aquisição do material será feita de forma conjunta com os restantes Estados-membros da União Europeia (UE), depois de a Comissão Europeia ter apelado “à manutenção de medidas coordenadas”.

“A Comissão [Europeia] informou todos os Estados de que vai ser feito um novo pacote de aquisição conjunta, tendo pedido aos Estados-membros que se manifestassem já nesta reunião o seu eventual interesse em aderir. Portugal fez uma segunda manifestação de interesse relativamente a estas áreas”, afirmou Marta Temido, em conferência de imprensa conjunta com o ministro do Administração Interna, Eduardo Cabrita, depois de os ministros da Administração Interna e da Saúde da UE terem estado reunidos por videoconferência.

A medida foi discutida entre os 27 Estados-membros da UE, com base um documento preparado pela Comissão Europeia que “alinha um conjunto de medidas focadas sobretudo no controlo de fronteiras externas e na uniformização dos procedimentos de saúde”. Segundo a ministra, a Comissão Europeia fez incentivo para que haja coordenação entre todos os Estados-membros em relação às medidas adotadas e será esse o procedimento que Portugal vai seguir.

Nesse pacote de material que vai ser adquirido incluem-se equipamento de proteção individual como máscaras, luvas, desinfetante e testes de diagnóstico laboratorial, bem como material médico pesado como ventiladores.

A ministra da Saúde revelou ainda que a Comissão Europeia fez um apelo aos Estados-membros para que reforcem o controlo sanitário nos aeroportos e nas fronteiras terrestres. Bruxelas pediu ainda uma “grande disseminação de informação” nos aeroportos, com a divulgação de folhetos informativos aos passageiros que chegam ao país, inquéritos epidemiológicos e a “observação visual dos passageiros que vão chegando”, disse Marta Temido.

“Houve um apelo particular à manutenção daquilo que são medidas coordenadas, de comunicação transparente e que mantenha a solidariedade e os valores essenciais no espaço europeu, sobretudo na área da saúde, às pessoas que precisem de tratamento independentemente da sua área de origem”, revelou.

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