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Graça Freitas: “Apesar das fragilidades, somos dos países que reporta com mais transparência”

A diretora-geral da Saúde garante que os dados sobre a evolução da pandemia vão ser atualizados e esclarece que a informação sobre os casos por concelho não foram acrescentados ao boletim “porque precisamos de o fazer com segurança e fineza necessária”.
  • Graça Freitas, diretora-geral da DGS
10 Julho 2020, 17h04

A diretora geral de Saúde garantiu esta sexta-feira que, “apesar das fragilidades”, Portugal é dos países “que reporta os dados com mais transparência”. A declaração surge depois de Graça Freitas ter sido questionada sobre se a falha na atualização de casos positivos por concelho influencia a leitura geral do impacto da pandemia no país.

“O facto de não estarem incluídos no boletim não quer dizer que não tenhamos acesso a eles e que não os comparemos todos os dias com os dados que vêm do terreno”, esclareceu aos jornalistas. “A informação é complexa, vem de diversas fontes e por isso nós conseguimos ter uma leitura mais profunda. Esses dados ainda não foram distribuídos pelo boletim porque precisamos de o fazer com segurança e fineza necessária”, vincou.

Relativamente ao regresso às aulas, Graça Freitas garante que a DGS está a trabalhar em proximidade com o Ministério de Educação para o desenho de um plano que assegure a segurança entre os professores e os alunos, nomeadamente sobre a distância entre os alunos e a disposição das salas de aula.

A responsável pelo órgão de saúde pública português informou ainda que ainda hoje vão ser divulgadas orientações sobre a realização de atividades em pavilhões fechados.

Parques infantis sem data para reabrirem

Quanto aos parques infantis, Graça Freitas considera que a DGS não prioriza “nem de longe nem de perto” a reabertura destes espaços dado que não é possível assegurar que as medidas de segurança sejam respeitadas.

“Por serem parques públicos, são quase sempre não vigiados. Ou seja, não há nenhuma entidade responsável pela desinfecção destes equipamentos nem que a distância entre as crianças seja respeita”, relembrou, considerando que já existem parques deste tipo abertos ao público. “Preferimos aconselhar que as brincadeiras decorram ao ar livre dentro de bolhas familiares para evitar o cruzamento de risco de contágio”, sublinhou.

Portugal registou, esta sexta-feira, mais duas mortes (mais 0,1%) e 402 casos de infecção pelo novo coronavírus, o que representa um aumento de 0,9% relativamente ao dia anterior. Dos novos casos, 342 (85%) foram identificados na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Estão internadas 471 pessoas, menos 16 do que na quinta-feira. Há 66 doentes internados em unidades de cuidados intensivos, menos sete do que no dia anterior. Já foram dadas como recuperadas 30.350 pessoas, das quais 301 nas últimas 24 horas. Neste momento há 13.683 casos activos, número que resulta da subtracção dos recuperados e dos óbitos ao total de infecções.

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