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Grávidas vão poder escolher como querem ter os filhos

Projeto lei apresentado pelo Partido Socialista (PS) denominado “Plano de Nascimento” quer dar a oportunidade de os pais escolherem como querem ter os seus filhos.
15 Maio 2018, 17h04

O Partido Socialista levou a apresentação de um projeto lei chamado “Plano de Nascimento” que possibilita a um casal ou grávida poder decidir como quer ter o seu filho. O “Diário de Notícias” (DN) revela que este projeto ainda não tem data marcada para debate no Parlamento, apesar de já ter sido apresentado na última sexta-feira. O documento a elaborar pela grávida ou pelo casal, num modelo a definir pela Direção-Geral da Saúde (DGS), deve ser feito preferencialmente até às 36 semanas de gravidez e discutido com a equipa médica da unidade onde se prevê que o parto venha a ocorrer, durante uma visita às instalações que está também consagrada neste projeto.

Com esta proposta a mulher vai poder escolher se pretende anestesia epidural, ou parto natural e também se quer métodos não farmacológicos que devem ser assegurados pelos serviços de saúde, como massagens, música, uso de água ou bola de pilates.

Em declarações ao DN, Catarina Marcelino saliente que este “Plano de Nascimento”, “só se aplica a gravidezes de baixo risco” e deve ser feito em articulação com os serviços de saúde. Já o antigo diretor do serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Santa Maria e ex- presidente da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e de Medicina Materno-Fetal, Luís Graça mostra algumas dúvidas sobre esta medida. “Existem protocolos que têm de ser seguidos, não se pode adequar um plano específico a cada pessoa”.

Este projeto lei do PS inclui ainda que as mães devem ter acesso a planos de recuperação após o parto, em especial nos cuidados de saúde primários, de maneira a detetar a precoce depressão pós parto e a síndrome pós traumático.

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