[weglot_switcher]

Greenvolt entra no PSI-20 diretamente para a primeira divisão

A empresa de energias renováveis chega esta segunda-feira à principal montra da Bolsa portuguesa, o PSI-20 que abre assim semana com 19 ações.
17 Setembro 2021, 17h00

A Greenvolt começa esta segunda-feira a integrar o principal índice da Bolsa de Lisboa, passando assim a entrar no radar dos fundos de investimento, o que tende a puxar pelo preço das ações.

Recorde-se que a Euronext anunciou a revisão semestral da composição do seu principal índice, o PSI-20, com a integração da GreenVolt a partir do fecho do mercado no dia 17 de setembro, tornando-se a presença da empresa efetiva a partir do dia 20 de setembro.
Carlos Rodrigues, presidente da Maxyield, explica ao Jornal Económico porque é que “estão criadas as condições para a GreenVolt integrar a primeira divisão do índice bolsista”. A capitalização bolsista da GreenVolt (de quinta-feira) “está nos 740 milhões de euros e o free-float é de 24%, ou seja, 179 milhões de euros, muito acima do requisito de 100 milhões que será exigido em 2022, para integrar o futuro PSI”.
“A capitalização bolsista da GreenVolt é superior a seis empresas do PSI-20”, diz Carlos Rodrigues referindo-se à Pharol, Novabase, Ibersol, Ramada e CTT (embora esta esteja muito próxima).

Por outro lado, a GreenVolt neste momento já pesa 1,05% do PSI Geral, o que é um bom indício para o seu futuro no PSI-20, tendo em conta que a sua maior acionista, a Altri, pesa 1,54% do PSI Geral.

De acordo com a metodologia de seleção das empresas que compõem o índice PSI-20 a GreenVolt tem de cumprir a regra de possuir uma “velocidade de negociação” – trading velocity (ou a fração das ações em circulação da empresa que mudaram de mãos durante o ano civil anterior) de pelo menos 25% do capital disperso (Free Float), de modo a salvaguardar a liquidez do índice. Sendo uma nova cotada a GreenVolt vê serem excluídas deste rácio as primeiras 20 sessões em bolsa e são contabilizados os dados até ao dia 20 de Agosto.

A GreenVolt passou a transacionar no mercado Euronext Lisboa no passado dia 15 de julho, após um aumento de capital subscrito na totalidade por investidores institucionais. Tal como foi noticiado as ações da empresa de renováveis liderada por João Manso Neto fecharam a primeira sessão de negociação a valer 4,8 euros, o que representou um ganho de 12,94% face aos 4,25 euros a que foram colocadas. Nesta quinta-feira o título, à beira de integrar o PSI-20, caiu 5% para 6,08 euros.

O PSI-20 passa PSI a partir de março de 2022, por ocasião da revisão anual do índice. Os ajustamentos à metodologia do PSI incluirão a determinação de uma dimensão mínima para as empresas entrarem no índice aquando das análises trimestrais e anuais (capitalização bolsista em free float de 100 milhões de euros) e a eliminação do requisito de um número mínimo de empresas cotadas participantes no índice. Até agora não podia ser menos de 18 empresas.

A Greenvolt conta com a Altri (46%) como acionista maioritário, seguido da Caima Energia (15%), dos polacos da V-Ridium (9%) e de outros acionistas (29%). Entre os acionistas encontram-se duas gestoras de ativos espanholas, a Santander Asset Management com 2,7% e a Bestinver Gestión com 2,53%. Esta semana o empresário Paulo Fernandes reforçou para 2,52% a sua posição na empresa, através da Actium Capital.

A GreenVolt é uma empresa líder na produção de energia renovável a partir de biomassa e é já um dos maiores promotores europeus de projetos de energia eólica e solar fotovoltaica.

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.