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Greve da função pública fecha escolas na Madeira

A Educação e a Saúde são os setores mais afetados pela greve na Madeira. Ricardo Gouveia, do Sindicato de Trabalhadores da Função Pública da RAM, refere que estes são os serviços onde há mais falta de recursos humanos e carência de pessoal. Quanto aos Hospitais da Região, o Sindicato diz que a adesão anda à volta dos 75%.
  • Cristina Bernardo
15 Fevereiro 2019, 14h19

Este é o segundo dia de greve da função pública e na Madeira há escolas fechadas por não conseguirem garantir os serviços mínimos, outras que fecham na parte da tarde, sendo que em Câmara de Lobos há escolas com uma taxa de adesão de 90% a esta greve.

Há uma maior adesão no segundo dia de greve e último, de 75%, um número que, segundo Ricardo Gouveia, Presidente do Sindicato de Trabalhadores da Função Pública da Madeira (STFP), “é bem mais expressivo”, comparativamente a ontem.

Também no Funchal há escolas que fecharam, como a Escola da Pena e a Escola da Ajuda, bem como Infantários. A Calheta não é exceção, onde há igualmente escolas a fecharem na parte da tarde, devido à falta de pessoal.

A Educação e a Saúde são, portanto, os setores mais afetados pela greve na Madeira. Ricardo Gouveia refere que estes são os serviços onde há mais falta de recursos humanos e carência de pessoal.

Quanto aos Hospitais da Região, o Sindicato diz que a adesão anda à volta dos 75%.

O que se reivindica são as questões remuneratórias, que o Presidente do Sindicato diz assentarem “numa péssima política do Governo da República”, que “insiste” em congelamentos até ao final do ano. Além disso diz que o Governo da República “através de um malabarismo financeiro e político”, no que se refere ao aumento dos 580 euros para os 635 euros de remuneração base, prejudicou os funcionários públicos que já tinham atingido este patamar, pois ficaram sem tempo de serviço.

“É continuar a saquear o salário dos trabalhadores da administração pública”, refere Ricardo Gouveia, pedindo ao Governo que “deixe de brincar com os trabalhadores”.

O Presidente do Sindicato salienta ainda a “incompetência tremenda” do Estado, como entidade empregadora, por ter uma tabela remuneratória assente em 9 escalões. Para se chegar ao escalão mais alto o funcionário tem de trabalhar 90 anos.

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