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Greve de estivadores no Porto de Setúbal trava exportações da Autoeuropa

A Autoeuropa, uma das maiores exportadoras nacionais, corre o risco de ter de parar devido a greve de estivadores no Porto de Setúbal. Há mais de cinco mil carros parados no porto saudino.
14 Novembro 2018, 10h42

Há cerca de uma semana que um grupo de estivadores precários está em protesto laboral contra a empresa de trabalho portuário de setúbal, a Operestiva. Isto resultou numa paralisação do Porto de Setúbal, afetando várias empresas, nomeadamente a Autoeuropa, considerada uma das maiores exportadoras nacionais, noticiou, esta quarta feira, o jornal ”Público”.

A empresa ainda tentou assinar contratos individuais com 30 trabalhadores, mas no seguimento dessa intenção, vários estivadores deixaram de ir trabalhar e afirmam que só regressam ao trabalho quando os patrões anularem os contratos assinados, avança o mesmo jornal.

A paragem dos estivadores pode levar à paragem da Autoeuropa se a fábrica não conseguir armazenar os carros produzidos nos parques que tem em Palmela, no porto saudino e até na base Aérea do Montijo, a Volkswagen pode ter que parar as máquinas por falta de espaço para os automóveis. Há viaturas paradas à espera de embarcar para o estrangeiro.

A paragem dos estivadores “já implicou o não envio de cerca de seis mil unidades para o seu mercado de destino”. Em situação limite, a situação pode “colocar em cauda a operação da fábrica, [quando for] atingida a capacidade máxima de armazenamento de carros produzidos”, refere uma fonte oficial da fábrica da Volkswagen em Portugal ao jornal.

A Associação dos Agentes de Navegação de Portugal acusa os estivadores de não ter existido qualquer pré-aviso de greve.  Em resposta, os trabalhadores afirmam que como são precários, não têm direitos, logo também não têm o dever de avisar atempadamente a entidade patronal. A ministra do Mar está a acompanhar de perto o problema e a tentar promover negociações, segundo o matutino.

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