Há cerca de uma semana que um grupo de estivadores precários está em protesto laboral contra a empresa de trabalho portuário de setúbal, a Operestiva. Isto resultou numa paralisação do Porto de Setúbal, afetando várias empresas, nomeadamente a Autoeuropa, considerada uma das maiores exportadoras nacionais, noticiou, esta quarta feira, o jornal ”Público”.
A empresa ainda tentou assinar contratos individuais com 30 trabalhadores, mas no seguimento dessa intenção, vários estivadores deixaram de ir trabalhar e afirmam que só regressam ao trabalho quando os patrões anularem os contratos assinados, avança o mesmo jornal.
A paragem dos estivadores pode levar à paragem da Autoeuropa se a fábrica não conseguir armazenar os carros produzidos nos parques que tem em Palmela, no porto saudino e até na base Aérea do Montijo, a Volkswagen pode ter que parar as máquinas por falta de espaço para os automóveis. Há viaturas paradas à espera de embarcar para o estrangeiro.
A paragem dos estivadores “já implicou o não envio de cerca de seis mil unidades para o seu mercado de destino”. Em situação limite, a situação pode “colocar em cauda a operação da fábrica, [quando for] atingida a capacidade máxima de armazenamento de carros produzidos”, refere uma fonte oficial da fábrica da Volkswagen em Portugal ao jornal.
A Associação dos Agentes de Navegação de Portugal acusa os estivadores de não ter existido qualquer pré-aviso de greve. Em resposta, os trabalhadores afirmam que como são precários, não têm direitos, logo também não têm o dever de avisar atempadamente a entidade patronal. A ministra do Mar está a acompanhar de perto o problema e a tentar promover negociações, segundo o matutino.
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