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Greve de professores fecha dezenas de escolas e deixa milhares sem aulas

“Estamos neste momento a fazer o piquete, a telefonar para todos os agrupamentos e o feedback que temos é que ronda os 50%, com mais incidência numas zonas e menos noutras, varia muito consoante a zona do país”, revelou em declarações à Lusa Júlia Azevedo.
4 Outubro 2021, 13h50

O Sindicato Independente de Professores e Educadores estima que quase metade dos docentes tenha aderido esta segunda-feira de manhã à greve nacional, provocando o encerramento de “dezenas de escolas” e deixando milhares de alunos sem aulas.

“Estamos neste momento a fazer o piquete, a telefonar para todos os agrupamentos e o feedback que temos é que ronda os 50%, com mais incidência numas zonas e menos noutras, varia muito consoante a zona do país”, revelou em declarações à Lusa Júlia Azevedo, presidente do SIPE – Sindicato Independente de Professores e Educadores.

Segundo dados recolhidos pelo sindicato, as zonas onde a greve está a ter mais impacto são Lisboa, Sintra, Porto, Baião, Barcelos, Viana do Castelo, Póvoa de Varzim, Trofa, onde hoje de manhã havia “dezenas de escolas fechadas”.

Também existem casos em que os estabelecimentos de ensino estão parcialmente paralisados, uma vez que a greve de professores fez com que milhares de alunos não tenham aulas, acrescentou à Lusa.

“Com esta adesão esperamos que o Ministério da Educação perceba que é preciso retomar as negociações, que é a nossa principal exigência. A ausência de respostas às reivindicações dos professores e de abertura ao diálogo por parte do ministério dura já há dois anos”, criticou Júlia Azevedo.

A greve foi decidida a 17 de setembro com o objetivo de conseguir pressionar a tutela a retomar as negociações relativas à avaliação e progressão na carreira docente, à aposentação, aos concursos, às ultrapassagens na carreira entre docentes com o mesmo tempo de serviço, e à reversão da componente letiva.

Para o SIPE, a tutela de estar a impedir a realização de negociações que poderiam resolver problemas como o envelhecimento da classe docente, a sobrecarga de horário e de trabalho, além da precariedade e das ultrapassagens na carreira docente.

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