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Greve dos comboios adiada para 31 de outubro

“Na sequência da reunião de hoje e face à posição fechada do Governo/Administração da IP, as organizações sindicais decidiram reformular as formas de luta em curso, disse a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações.
  • Cristina Bernardo
10 Outubro 2018, 15h40

A greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP), marcada para sexta-feira, foi adiada para 31 de outubro, segundo a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), que garante que o protesto terá os “mesmo moldes”.

“Na sequência da reunião de hoje e face à posição fechada do Governo/Administração da IP, as organizações sindicais decidiram reformular as formas de luta em curso, começando pelo adiamento da greve marcada para a próxima sexta-feira, para o próximo dia 31 de outubro, nos mesmos moldes”, lê-se numa informação divulgada pela FECTRANS.

A federação informou ainda que na próxima segunda-feira haverá uma reunião dos sindicatos para analisar a “organização da greve de dia 31 de outubro e outras ações”, para “intensificar a luta em defesa da negociação de um acordo coletivo de trabalho e um regulamento de carreiras”.

O tribunal arbitral tinha decidido que a greve de sexta-feira não iria ter serviços mínimos, além dos obrigatórios por lei.

Na segunda-feira, a CP tinha alertado sobre as “fortes perturbações” na circulação de comboios devido ao protesto dos trabalhadores.

“Por motivo de greve convocada por organizações sindicais da IP [gestor da infraestrutura ferroviária], a CP informa que se preveem supressões em todos os serviços no dia 12 de outubro”, anunciou a empresa em comunicado.

Os sindicatos que convocaram a greve exigem “respostas às propostas sindicais tanto da parte da empresa como do Governo” em relação à negociação do acordo coletivo, disse o coordenador do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF), José Manuel Oliveira, à Lusa.

“A empresa e o Governo pretendem fazer uma negociação sem a valorização salarial e profissional dos trabalhadores”, defendeu o dirigente sindical, acrescentando que, nesta altura, “há uma grande distância” entre as posições dos sindicatos e da IP para que seja possível um acordo.

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