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Greve dos farmacêuticos prevista para julho e agosto promete lançar caos nos hospitais

O pré-aviso de greve foi entregou ontem ao Governo, está marcada para 18 e 19 de julho e, por tempo indeterminado, a partir de 1 de agosto, prometendo lançar o caos nas unidades hospitalares nacionais no auge do verão, com acréscimo de emigrantes e de turistas.
2 Julho 2017, 17h46

O Sindicato Nacional dos Farmacêuticos (SNF) entregou ao Ministério da Saúde um pré-aviso de greve para os próximos dias 18 e 19 de julho e, posteriormente, por tempo indeterminado a partir de 1 de agosto.
Em comunicado, o SNF refere que “esta greve, a primeira que este sindicato decreta em 20 anos, abrange os farmacêuticos que trabalham nos Serviços da Administração Pública, em concreto para o Ministério da Saúde, e resulta do rompimento unilateral dos compromissos assumidos pelo Governo nas negociações da carreira farmacêutica”.
Estas negociações tinham sido finalizadas em março de 2017 e resultaram na proposta de um diploma que implementaria a referida carreira na administração pública, fundamentalmente, no SNS – Serviço Nacional de Saúde.
No referido comunicado, o sindicato dos Farmacêuticos explica que, na passada segunda feira, dia 26 de junho, em reunião no Ministério da Saúde, com a presença do senhor ministro da Saúde e do senhor secretário de Estado da Saúde, “foi dito a este sindicato que, por alteração do posicionamento do Ministério das Finanças em relação à implementação desta carreira, não seria possível ao Ministério da Saúde prosseguir com o processo legislativo que culminaria na publicação do referido Diploma”.
“A função dos farmacêuticos no SNS é insubstituível em áreas tão críticas quanto as análises clínicas e a genética humana, bem como na aquisição, preparação e distribuição de medicamentos e dispositivos médicos, nomeadamente, medicamentos para o tratamento do cancro e das doenças infeciosas, com elevado impacto orçamental, que precisam de ser geridas por farmacêuticos, enquanto profissionais altamente qualificados”, sublinha o referido comunicado do Sindicato dos Farmacêuticos.
Este sindicato esclarece que da publicação do referido diploma não resultava qualquer impacto orçamental (condição ´sine qua non’ imposta pelo Governo), nem nenhuma mais-valia para os farmacêuticos, a não ser a da adequada regulamentação e organização da função, acrescentando que estas duas vertentes foram plenamente cumpridas na proposta de diploma que foi acordada e que foi conseguida à custa de elevados sacrifícios dos farmacêuticos, numa perspetiva de investimento no seu futuro e estabilidade profissional.
“Uma vez que ficaram esgotados todos os mecanismos negociais, os farmacêuticos vêem-se forçados a recorrer à greve e lamentam os inevitáveis prejuízos que esta greve causará aos utentes”, conclui o referido comunicado.
Em plena época de verão, com o regresso dos emigrantes e a intensificação do número dos turistas em Portugal, em particular no Algarve, sobrecarregam as unidades hospitalares em Portugal, uma situação que se transformará num caos se se concretizar a greve do Sindicato dos Farmacêuticos.
 
Pela Direção do Sindicato Nacional dos Farmacêuticos
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