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Greve dos trabalhadores das rodoviárias privadas: “Na maioria do país a adesão é significativa”, diz Fectrans

“Temos regiões com adesões na ordem dos 70% ou 75%. Em algumas empresas é 100%”, explicou o coordenador da Fectrans ao Jornal Económico. Os trabalhadores exigem um aumento salarial e acusam empresas e Antrop de “fugir às negociações”.
20 Setembro 2021, 10h05

O aumento salarial está em cima da mesa, mas segundo declarações, ao Jornal Económico (JE), do coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), José Manuel Oliveira, a Associação Nacional de Transportes de Passageiros (Antrop) tem “fugido às negociações”. Assim, esta segunda-feira os trabalhadores estão em greve e em certas partes dos país a adesão chega a atingir os 100%.

“Esta greve é uma greve de norte a sul do país. Ainda não consigo dar uma resposta nesse sentido e tendo em conta a dimensão. Mas temos regiões com adesões na ordem dos 70% ou 75%. Em algumas empresas é 100%. Do ponto de vista geral, o que registamos, hoje, na maioria do país é uma adesão significativa dos trabalhadores à greve. Não é fácil fazer esse balanço, é sector muito disperso, com pequenas e médias empresas”, sublinhou o coordenador da Fectrans ao JE.

O sector emprega mais de cinco mil trabalhadores e a greve abrange 90 empresas. “Aquilo que assistimos por parte da Antrop é uma fuga à negociação daquilo que são as reivindicações dos trabalhadores, assim como das administrações das empresas”, apontou José Manuel Oliveira.

“É um sector onde a categoria profissional é mais determinante do que número de trabalhadores que são os motoristas, que têm salários iguais ou pouco acima do salário mínimo nacional”, referiu.

Agora, com a greve, a federação espera que tanto as empresas como a Antrop lhes possam dar ouvidos. “Esperamos que a Associação Nacional do Sector e as administrações das empresas façam uma leitura do descontentamento dos trabalhadores e que se sentem à mesa da negociação sem invertermos aquilo que tem sido a realidade destes últimos anos, que é a aproximação”.

A Fectrans pretende o aumento imediato do salário base do motorista para 750 euros. Caso a medida não seja acolhida, “a luta do dia de hoje”, continuará no dia 1 de outubro com nova greve, segundo José Manuel Oliveira.

O Jornal Económico aguarda por declarações da Antrop que até ao momento optou por não comentar a greve.

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