A Groundforce veio hoje a público alertar que o pagamento dos salários de maio está em risco devido ao pedido de insolvência pela TAP. O ministro das Infraestruturas é ouvido pelos deputados no Parlamento esta terça-feira, 18 de maio, precisamente por causa da situação na empresa de gestão de bagagens, passageiros e carga nos aeroportos nacionais.
“Um processo de insolvência não deixa tudo na mesma. Pelo contrário, deixa a Groundforce em total estrangulamento. Com o pedido de insolvência, caem por terra todos os esforços que temos feito para salvar a empresa”, segundo o comunicado divulgado hoje pela empresa que conta com 2.400 trabalhadores.
“Pode comprometer, desse modo, o pagamento dos salários de maio aos trabalhadores, até agora salvaguardado”, destaca a missiva.
Ao mesmo tempo, a empresa aponta que este processo “vai dificultar a operação de venda que se encontra em curso com diversos players internacionais do setor”, entre os quais encontra-se a belga Aviapartner.
No comunicado hoje divulgado, onde foram reforçados os argumentos apresentados pelo acionista maioritário, Alfredo Casimiro, a 14 de maio numa carta enviada aos trabalhadores, é destacado que a insolvência “bloqueou o acesso ao financiamento de curto prazo junto da banca, com especial ênfase para a Caixa Geral de Depósitos”.
O acionista destaca que num momento de retoma da atividade, este processo “pode conduzir à rutura operacional da empresa, ao afetar drasticamente a relação com os seus clientes, mas, sobretudo, com os seus fornecedores, que, perante essa decisão, ponderam suspender os fornecimentos, caso não haja pagamentos antecipados ou a pronto. Isto quando a Groundforce não tem tido outra alternativa a não ser alargar os prazos de pagamento, procurando privilegiar e proteger os recursos financeiros necessários para honrar os seus compromissos com os trabalhadores e com o Estado”.
O presidente do conselho de administração e presidente executivo também destaca que este pedido “prejudica a TAP, que, sendo simultaneamente acionista e credora, será a última entidade a receber o que lhe é devido após a insolvência”.
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