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Groundforce. Casimiro coloca 50,1% à venda e dá “especial atenção” a belgas da Aviapartner

O empresário contratou o banco Nomura para assessorar a venda. Casimiro destaca que belgas têm capacidade para garantir a viabilidade financeira da empresa de handling.
8 Maio 2021, 12h23

O empresário Alfredo Casimiro colocou a totalidade da sua participação na Groundforce à venda: 50,1%. Os restantes 49,9% são detidos pela TAP.

Em comunicado hoje divulgado pela sociedade que detém esta participação, a Pasogal diz que mandatou o banco Nomura para assessorar o processo de venda.

O empresário, que ocupa os cargos de presidente executivo e presidente do conselho de administração da companhia, pede que seja dada “especial atenção” aos belgas da Aviapartner por terem a capacidade financeira para assegurar o futuro da empresa.

“Dei instruções para que seja dada especial atenção à Aviapartner, empresa belga que beneficiou recentemente de um relevante apoio económico e financeiro do Estado Belga, no âmbito das ajudas extraordinárias ao setor da aviação, com vista a minorar as consequências da crise pandémica”, segundo o comunicado.

“Por via desse apoio, a Aviapartner estará melhor capitalizada e em melhores condições para garantir a viabilidade futura da Groundforce e a manutenção dos postos de trabalho”, acrescenta.

O empresário manifesta a sua perplexidade  “pela diferença de tratamento que o mesmo problema mereceu por parte dos governos dos dois países: enquanto a Bélgica apoiou as suas empresas, em Portugal a Groundforce viu chumbados todos os pedidos de auxílio que dirigiu a várias entidades, tendo o próprio Estado liderado esse veto, mesmo reconhecendo estar em causa a única empresa do Grupo TAP que deu lucro nos últimos anos”.

“Como empresário português, esta hostilidade e perseguição ainda se torna mais chocante quando vejo os potenciais compradores da participação da Pasogal na Groundforce a terem liquidez para o fazer, precisamente por beneficiarem de apoio do seu Estado e do seu Governo, apoio esse que neste contexto tão particular sempre me faltou”, segundo Alfredo Casimiro.

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