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Groundforce. Trabalhadores pedem a Alfredo Casimiro para garantir desde já os salários de maio

Depois de ter sido garantido anteriormente que os salários de abril já estariam assegurados, os trabalhadores querem que o conselho de administração da empresa comece já a trabalhar para garantir os salários de maio, depois do atraso de quase um mês relativamente aos ordenados de fevereiro.
  • Trabalhadores da Groundforce concentrados junto ao Ministério das Infraestruturas, em Lisboa, 05 de março de 2021. ANTÓNIO COTRIM/LUSA
7 Abril 2021, 08h03

Os trabalhadores da Serviços Portugueses de Handling (SPdH)/Groundforce pediram ao presidente do conselho de administração da empresa, e acionista maioritário, Alfredo Casimiro, para tratar de assegurar os salários de maio, para que não hajam atrasos quando chegar o dia do pagamento, tal como aconteceu com os salários de fevereiro, pagos com quase um mês de atraso.

“Exortámos ainda a que a administração adote as medidas possíveis neste momento a fim de garantir que não se verifiquem problemas de tesouraria no mês de maio, uma vez que conforme já havíamos transmitido, a empresa já havia assegurado haver liquidez para os salários de abril”, pode-se ler no comunicado conjunto da Comissão de Trabalhadores (CT) da empresa e de vários sindicatos, SE, SIMA, SINTAC, SITAVA, SQAC STAMA, STHA e STTAMP.

A CT esteve reunida com o presidente do conselho de administração da empresa na terça-feira onde foi comunicada a saída de Paulo Neto Leite do cargo de presidente executivo por decisão do conselho de administração da empresa. Alfredo Casimiro vai assumir o cargo interinamente.

No seu comunicado, a CT aponta que a “escassez de informações relativamente ao futuro não está desligada do facto de se tratarem de matérias sensíveis (algumas das quais envolvendo sigilo bancário), pelo que não se deve encarar a ausência de informação com o facto de nada estar a acontecer”.

Alfredo Casimiro foi questionado relativamente ao “futuro da empresa e dos seus cerca de 2.400 trabalhadores, inclusivamente questionamos se era sentida a existência de condições para continuar a liderar a SPdH face ao cenário em que se encontra”.

Os trabalhadores consideram que é “indiscutível que a SPdH/Groundforce vinha de vários anos de resultados positivos, tendo sido afetada drasticamente pela pandemia Covid-19”, apontando que este é um “gravíssimo problema conjuntural que necessita das respostas adequadas por parte de todos os acionistas pois possuem responsabilidade direta nos desígnios da empresa”.

“Todas as Organizações Representativas de Trabalhadores demonstraram a sua enorme preocupação com o atual estado de instabilidade em que a empresa se encontra mergulhada, e para o qual, são necessárias medidas urgentes de estabilização e viabilização da mesma”, segundo o comunicado.

 

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