O ministro das Infraestruturas disse hoje que se a venda das ações detidas pela Pasogal (50,1%) da Groundforce pelo Montepio falhar, o Estado ou a TAP estão preparados para encontrar uma “solução” para a empresa.
“Há um processo de venda em curso liderado pelo Montepio, ontem teve uma decisão muito importante do tribunal que lhes reconhece o direito de vender as ações da Pasogal. Estamos a acompanhar e temos a expetativa que o processo de venda seja concluído com sucesso, isso significaria a entrada de um sócio com capacidade financeira para podermos iniciar uma nova vida com estabilidade”, começou por dizer Pedro Nuno Santos esta terça-feira 20 de julho, no Parlamento.
“Se, por alguma razão, por falta de interesse de algum investidor, o Montepio não conseguir proceder à venda, o Estado ou a TAP encontrarão uma solução. Estamos a trabalhar numa solução há algum tempo, o Montepio está a tentar concluir, se não concluir, o Estado ou a TAP resolverão o problema caso a venda de um privado a outro não aconteça”, garantiu.
“O último fim de semana foi dramático para todos: passageiros, aeroporto, companhias aéreas, e trabalhadores da Groundforce. Lamentamos muito”, disse o ministro.
O ministro está hoje a ser ouvido na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.
O juízo central cível de Lisboa considerou a providência cautelar apresentada por Alfredo Casimiro para travar a execução extrajudicial do Montepio às ações do empresário na Groundorce como “improcedente”, dando luz verde ao banco para concluir a execução por incumprimento no pagamento da dívida de sete milhões de euros, noticiou o jornal “Eco” na segunda-feira. A decisão do tribunal permite, assim, ao Montepio avançar para a venda do capital da empresa.
O banco tinha iniciado o processo de execução da dívida de Alfredo Casimiro no final de março, mas o empresário tentou travar o processo. A companhia de handling é detida pela Pasogal (50,1%) de Alfredo Casimiro, e pelo grupo TAP (49,9%), detida em 72,5% pelo Estado português.
Segundo uma notícia avançada pelo “Correio da Manhã”, esta segunda-feira, o ex-presidente executivo da Groundforce, Paulo Neto Leite, quer comprar a empresa de handling por cinco milhões de euros, num leilão do Montepio. O gestor está disposto a prescindir da renovação do contrato com a TAP que termina em janeiro de 2022. O “CM” destaca que esta condição pode ser fundamental para desbloquear o negócio, pois o patrão da Groundforce, Alfredo Casimiro tem exigido à TAP o prolongamento do contrato de prestação de serviços de assistência em terra ao transporte aéreo por mais cinco anos para avançar com a venda da empresa à Swissport, mas a TAP tem rejeitado este avanço.
Paulo Neto Leite deseja ir ao encontro das preocupações do Governo e da TAP e renegociar o contrato nos termos que possam servir tanto o acionista Estado como o acionista privado.
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