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Grupo EDP foi excepção num dia de queda dos mercados na Europa

Na Europa, os bons dados de atividade geraram pouco otimismo aos investidores. Lisboa acompanhou as perdas das congéneres europeias. O petróleo esse está a subir quase 2%.
  • Reuters
1 Julho 2020, 19h07

O PSI-20 caiu -0,89% para 4.351,21 pontos, com 11 títulos do índice em queda. O destaque nas perdas vai para a Jerónimo Martins que perdeu -2,95% para 15,12 euros. A Pharol deslizou -1,94% para 0,1010 euros e a Mota-Engil perdeu -1,58% para 1,124 euros. A Altri também se destacou nas quedas ao descer -1,36% para 4,21 euros e a Novabase perdeu -1,29% para 3,070 euros.

No verde entre as sete excepções à queda estão a Corticeira Amorim que subiu +1,19% para 10,20 euros; a EDP Renováveis que subiu +1,14% para 12,44 euros e a EDP que valorizou +1,06% para 4,29 euros. No dia em que se ficou a saber que o consumo de electricidade recuperou em junho da queda de 13,2% registada em maio. Os dados são da REN e revelam que a queda homóloga em junho foi e 7,4%.

A NOS também viu as ações subirem +0,72% para 3,63 euros a a REN destaca-se pela subida de +0,41% para 2,44 euros.

O PSI20 esteve condicionado pelo destacamento de dividendo da NOS. “A Galp reagiu com indiferença a uma revisão em alta por parte de uma casa de investimento internacional”, diz o analista de mercados Ramiro Loureiro do Millennium BCP.

Na Europa, os bons dados de atividade geraram pouco otimismo aos investidores. As bolsas europeias terminaram em queda ligeira, no dia em que foi revelado que a atividade industrial na Zona Euro abrandou o ritmo de contração em junho e que nos EUA o setor regressou inesperadamente à expansão.

O EuroStoxx 50 caiu -0,17% para 3.228,45 pontos; o CAC 40 desceu -0,18% para 4.927 pontos; o DAX perdeu -0,41% para 12.260,6 pontos; o IBEX também fechou a cair, embora menos, desceu -0,06% para 7.227,4 pontos e o FTSE MIB de Milão recuou -0,23% para 19.330,88 pontos.

O londrino FTSE 100 perdeu -0,19% para 6.157,96 pontos, apesar da atividade industrial britânica voltar à expansão em junho.

“Notas do FMI de que a produção económica da Ásia deverá continuar a contrair até 2022 foram outro dos destaques da sessão, tal como as declarações de um especialista em doenças infeciosas nos EUA, que alertou os legisladores para a possibilidade das infeções por coronavírus em solo norte-americano subirem para 100 mil novos casos por dia caso se mantenham os atuais comportamentos”, adianta o analista do grupo BCP.

Por outro lado, “um teste da vacina Covid-19 da BioNTech em parceira com a Pfizer mostrou bons resultados e traz esperanças num combate ao vírus antes do previsto”, descreve Ramiro Loureiro.

“Entretanto em Wall Street o índice tecnológico Nasdaq 100 vai-se mostrando animado perante valorizações de títulos como Amgen, Netflix, Facebook, Tesla e Amazon. Pelas 19h atenções voltadas para as atas da última reunião da Fed, que podem ditar o desfecho de hoje em Wall Street”, explicou o analista.

Na macroeconomia a indústria da Zona Euro abrandou o ritmo de contração. Em junho de 2020, o PMI (Purchasing Managers’ Index) ajustado de sazonalidade na indústria da Zona Euro foi de 47,4 pontos, o que compara com 39,4 pontos registados no mês de maio de 2020. Este valor é o máximo registado em 4 meses. O Índice encontra-se abaixo do limiar da neutralidade (50,0).

O petróleo Brent, referência em Londres, subiu +1,89% para 42,05 dólares o barril. Já o euro apreciou +0,20% para 1,1257 dólares.

No mercado de dívida pública, as bunds alemãs agravaram 6 pontos base para -0,40%. Ao passo que as Obrrigações do Tesouro portuguesas caem -0,30 pontos base para 0,47% e a dívida espanhola dispara 3,49 pontos base para uma yield de 0,50%. Itália também com os juros a subirem, +1,26 pontos base para 1,27%.

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