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Grupo ETE vai reforçar presença em Cabo Verde

Operador português está interessado nos estaleiros da Cabnave e no desenvolvimento do transporte marítimo entre ilhas.
  • Yiorgos Karahalis/Reuters
23 Novembro 2017, 07h00

O operador português de terminais portuários ETE está interessado na concessão dos estaleiros da Cabnave e quer investir no desenvolvimento do transporte marítimo inter-ilhas em Cabo Verde.

Presente em Cabo Verde há mais de 29 anos, através do armador Transinsular, o Grupo ETE participou na 21.ª edição da Feira Internacional de Cabo Verde, no Mindelo, onde anunciou o reforço da presença naquele país africano.

Os responsáveis pelo Grupo ETE reuniram-se com representantes do governo cabo-verdiano para apresentar um conjunto soluções no setor portuário, como o desenvolvimento do transporte marítimo inter-ilhas e regional, e mostrar o seu interesse em voltar a concorrer à concessão dos estaleiros da Cabnave.

“Manifestámos aos senhores ministros das Finanças e da Economia que continuamos totalmente interessados e empenhados na concessão da Cabnave ou noutro modelo de parceria público-privada que vier a ser decidida pelo governo”, afirmou o administrador Luís Mira de Oliveira.

O operador marítimo, fundado em 1936, pretende apresentar uma proposta de solução de transporte marítimo de carga inter-ilhas que apoie as economias locais. Luís de Oliveira adianta, que apesar de o core ser a carga, o Grupo ETE está disponível para fazer uma parceria com outros players caso seja necessário.

O investimento mais recente foi a criação de uma sociedade armadora de direito cabo-verdiano, a “Transinsular Cabo Verde – Transportes Marítimos Insulares de Cabo Verde, Lda.”. Em processo de conclusão está processo de passagem de um dos seus navios (Ponta do Sol) para o novo armador e o estabelecimento da empresa “ETE Cabo Verde – Operações Portuárias, Lda”, criada com o intuito de ser um operador na gestão dos Portos da Praia, Mindelo, Palmeira e Sal Rei, em regime de concorrência, consórcio ou com base em outro modelo a definir pelo governo de Cabo Verde.

Uma das últimas apostas no país foi o serviço África Expresso, o único a oferecer ligação regular direta entre Portugal, Sal e Boavista, desde o dia 1 de outubro. Na opinião do CEO da Transinsular, Miguel Paiva Gomes, o serviço África Expresso “otimiza tanto as soluções de transporte de mercadorias para Cabo Verde originárias de Portugal e Espanha como para a Guiné-Bissau, Mauritânia e Canárias”.

A economia cabo-verdiana cresceu 3,9%, em 2016, e as expectativas do banco central de Cabo Verde prevêem um crescimento económico superior a 3% para menor este ano.

A zona euro é o principal parceiro económico do arquipélago.

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