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Grupo Infraestruturas de Portugal lucra 106 milhões em 2017

Para a obtenção deste resultado foi decisivo o aumento dos rendimentos operacionais. Os rendimentos de portagens registaram um acréscimo de 15,4 milhões de euros face ao ano anterior (+5,5%), tendo atingido no global, 296,5 milhões de euros.
30 Abril 2018, 21h25

O Grupo Infraestruturas de Portugal teve lucros de 106 milhões de euros em 2017 o que traduz uma brutal subida face a 2016, em que os lucros foram de 37,6 milhões. “Os resultados alcançados no ano de 2017 atestam a continuidade da performance financeira positiva do Grupo IP, já verificada nos anos de 2015 e 2016”, diz a empresa pública que gere as infraestruturas, como a rede rodoviária e ferroviária.

A empresa destaca o crescimento do EBITDA em 33,0 milhões de euros face ao período homólogo, atingindo o montante de 663,6 milhões de euros; o aumento dos Rendimentos Operacionais, atingindo-se o montante de 1.350 milhões de euros, ou seja, mais 29,9 milhões de euros do que em 2016; os Gastos Operacionais de 964,5 milhões de euros, 1,3 milhões de euros acima do verificado em 2016. a Redução dos encargos financeiros (líquidos), em 39,2 milhões de euros, por via da redução da dívida financeira e dos aumentos de capital.

O volume de negócios  somou 1.195 milhões ficando praticamente ao nível de 2016. O rendimento core subiu de 1.073 milhões em 2016 para 1.127 milhões em 2017.

O resultado operacional sobe de 357 milhões para 388 milhões de euros.

A dívida teve uma ligeira redução de cerca de 100 milhões para os 8.041 milhões de euros.

Para a obtenção deste resultado foi decisivo o aumento dos rendimentos operacionais. Os rendimentos de portagens registaram um acréscimo de 15,4 milhões de euros face ao ano anterior (+5,5%), tendo atingido no global, 296,5 milhões de euros. A maior parcela dos rendimentos de portagens resulta da utilização da rede das Concessões do Estado, em que a IP é titular da receita proveniente da cobrança de taxas de portagem, atingindo cerca de 245,8 milhões de euros, mais 4% do que em 2016.

Por seu lado, as receitas de portagens nas subconcessões da IP gerou aproximadamente 23,2 milhões de euros, o que, representando ainda apenas 8% do total de rendimentos de portagens, evidencia uma tendência de crescimento muito positiva, equivalendo a mais 19% relativamente ao alcançado em 2016.
Por último, as operações de exploração direta na rede IP (A21, A23 e Túnel do Marão) permitiram alcançar 27,4 milhões de euros em 2017.

António Laranjo, presidente da IP, salientou na mensagem do presidente que consta do Relatório e Contas que “o ano de 2017 foi um ano de acontecimentos invulgares e que tiveram significativo impacto na atividade da Empresa e no esforço exigido aos seus trabalhadores. De entre osdiversos acontecimentos é forçoso destacar a intervenção que tivemos nos fogos que neste verão assolaram o País e que obrigaram a um esforço imenso das nossas equipas na reparação dos danos, fossem eles em telecomunicações, guardas de segurança, vedações, sinalização, pavimentos, limpezas e tantos outros”.

O ano de 2017 ficou também marcado, no reforço do Capital Humano através do ingresso de 37 novos colaboradores, a maioria dos quais para as áreas da circulação, manutenção e engenharia.

“Importa ainda referir que foi já possível no ano de 2017 iniciar a reposição das progressões na carreira,
retomar o sistema de gestão e desempenho, melhorar condições nos locais de trabalho”, diz Laranjo.

“Os gastos com a manutenção e conservação das redes rodoviária e ferroviária atingiram neste ano 154
milhões de euros, mantendo-se em linha com o verificado em 2016″, diz o presidente. A necessidade de investimento em conservação continuará a ser uma prioridade da empresa nos próximos anos, o que será assegurado, entre outros, pelos novos contratos de conservação corrente lançados em 2017, de caráter plurianual, cujo montante ascende a cerca de 125 milhões de euros para a rodovia, para um período de três anos, e a cerca de 127 milhões de euros para a ferrovia, para um período de 5 anos, e apenas no que respeita às especialidades de via e catenária”, adianta o presidente.

Por isso, em 2017 “assistimos a um relevante investimento na rede que atingiu o montante global de 84 milhões de euros, representando um crescimento de 24% face a 2016, investimento esse que irá aumentar significativamente nos próximos anos, com impacto muito significativo já no ano de 2018, especialmente na expansão e modernização da Rede Ferroviária Nacional no âmbito do Programa de Investimentos Ferrovia 2020”, acrescenta.

António Laranjo destaca a adjudicação das empreitadas de modernização e eletrificação dos troços Covilhã-Guarda da Linha da Beira Baixa, Elvas-Fronteira da Linha do Leste e Nine-Valença da Linha do Minho, estando atualmente adjudicados mais de 200 milhões de euros em obra ferroviária. Estão igualmente em execução contratos para a elaboração de projetos ferroviários num montante global superior a 36 milhões de euros, um valor sem paralelo na história da ferrovia em Portugal. Prevê-se que no final de 2018 estejam em obra, ou em concurso, obras num montante superior a 1.000 milhões de euros.

 

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