[weglot_switcher]

Grupo ISQ investe em fotovoltaicas e no hidrogénio

Para o presidente do ISQ, Pedro Martias, “acabámos de investir mais de meio milhão de euros num projeto de energias renováveis baseado em fotovoltaico, com a instalação de mais de dois mil painéis no campus do ISQ no Taguspark e noutras instalações em todo o país, o que representa uma poupança anual de 535 toneladas de CO2 [dióxido de carbono]/ano, correspondendo à plantação de 3.800 árvores e uma poupança estimada na conta de energia superior a 150 mil euros/ano”.
20 Julho 2020, 17h59

O Grupo Instituto de Soldadura e Qualidade vai investir meio milhão de euros em energias fotovoltaicas e reforçar a sua aposta nas energias verdes, como o hidrogénio.

“O tema da energia limpa e do desenvolvimento sustentável está no centro das preocupações do ISQ, tanto para o mercado, através da prestação de serviços para a indústria com soluções inovadoras desenvolvidas pelas equipas de I&D [Investigação & Desenvolvimento], como na participação em projetos nacionais e internacionais de grande relevo”, revela um comunicado da empresa.

Para o presidente do ISQ, Pedro Martias, “acabámos de investir mais de meio milhão de euros num projeto de energias renováveis baseado em fotovoltaico, com a instalação de mais de dois mil painéis no ‘campus’ do ISQ no Taguspark e noutras instalações em todo o país, o que representa uma poupança anual de 535 toneladas de CO2 [dióxido de carbono]/ano, correspondendo à plantação de 3.800 árvores e uma poupança estimada na conta de energia superior a 150 mil euros/ano”.

Segundo o referido comunicado, “esta iniciativa surge na sequência de uma estratégia de crescimento sustentável e ‘verde’ já iniciada anteriormente, quer ao nível de ‘know-how’ interno, quer de prestação de serviços no âmbito da sustentabilidade, promoção e adoção de energias renováveis”.

“As práticas ambientais sustentáveis dominam o mundo, devido à transição climática (aquecimento global), à transição energética (energias renováveis e limpas) e à transição digital (otimização de recursos), e este paradigma é incontornável a vários níveis: desde a produção elétrica, aos edifícios, aos transportes, às cidades, aos processos industriais, aos resíduos e às práticas agrícolas. O tema está na agenda pública – com o Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 (RNC) e o Plano Nacional da Energia e Clima 2030 (PNEC)”, explicam os responsáveis da empresa.

“O ISQ opera nesta temática em duas vertentes: ao nível da eficiência energética, com soluções para edifícios e indústria, ajudando a reduzir a pegada de carbono em várias fileiras da indústria; e ao nível da eficiência de recursos, ajudando as empresas a reduzir o desperdício. É o caso da economia circular e da simbiose industrial”, acrescenta Pedro Matias.

No entender dos responsáveis do ISQ, “ao nível dos projetos em que participamos, destaca-se o ‘Projeto Europeu ECOTERMIP’, que visa a promoção de medidas de ecoeficiência aplicadas aos processos térmicos da indústria portuguesa. Foca-se em quatro setores industriais: metalomecânica, cerâmica, agroalimentar de laticínios e de fabricação de produtos à base de carne. Outro exemplo é a redução do consumo de energia e a emissão de CO2 em edifícios na Europa, com o projeto europeu ‘SUREFIT’, coordenado pelo ISQ”.

Segundo o comunicado em questão, “aqui, pretende-se capacitar as indústrias europeias para que sejam pioneiras no desenvolvimento de novas tecnologias avançadas para a reabilitação de edifícios, com soluções ambientais inovadoras e mais económicas, permitindo assim reduzir significativamente o consumo de energia e a emissão de CO2 em edifícios”.

“Outras iniciativas em que o ISQ está presente passam por criar mecanismos para intensificar a aplicação de práticas de simbiose industrial na Europa através do desenvolvimento de planos de ação e soluções adaptadas a indústrias, associações industriais e empresariais, bem como a autoridades regionais e nacionais (projeto ‘SCALER’) ou ainda o projeto ‘TRUST’, que visa impulsionar a excelência em investigação e desenvolvimento na área da sustentabilidade industrial através do aumento do conhecimento científico e técnico. O intuito é envolver as indústrias europeias para a concretização dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, acrescenta o comunicado do ISQ, realçando que “o maior investimento científico da atualidade em que o ISQ participa” é o ‘ITER’.

“Trata-se do primeiro reator experimental de fusão nuclear capaz de gerar um retorno de energia positivo, demonstrando a viabilidade científica e técnica da fusão nuclear como fonte de energia limpa. O ISQ colabora com a F4E – Fusion for Energy – sendo o parceiro de referência na área de garantia de qualidade e controlo de fabrico”, sublinha o comunicado.

“A descarbonização da economia está mais do que na ordem do dia e o próximo passo passará pela descarbonização com hidrogénio. As tendências globais com vista a uma sociedade sustentável exigirão, cada vez mais, energias renováveis e a otimização do uso dos combustíveis fósseis. Para tal, o hidrogénio será determinante. A questão está em como otimizar o uso tanto das energias renováveis como dos combustíveis fósseis para chegarmos a uma sociedade sustentável, de baixo carbono”, assinalam os responsáveis do ISQ.

“Ao nível da fileira do hidrogénio, as competências do ISQ passam pelo ‘know how’ em matéria de sustentabilidade, materiais e fiabilidade, sensorização e algoritmos, avaliação de risco e segurança, formação e qualificações e garantia e controlo de qualidade”, conclui Pedro Matias.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.