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Grupo Jerónimo Martins prevê investir até 750 milhões de euros em 2018

Grupo liderado por Pedro Soares dos Santos defende que “o investimento nos novos negócios e nos já estabelecidos é essencial para garantir crescimento futuro e retornos sólidos”.
  • Inácio Rosa / Lusa
26 Julho 2018, 07h35

O Grupo Jerónimo Martins prevê investir entre 700 e 750 milhões de euros durante o presente exercício.

A informação consta do comunicado de apresentação dos resultados semestrais do grupo retalhista português, que foi ontem, dia 26 de julho, divulgado ao mercado.

“(…) O ‘capex’ [investimento] para o ano estima-se em 700-750 milhões de euros” destaca o referido comunicado no capítulos das perspetivas futuras, adiantando que “o investimento nos novos negócios e nos já estabelecidos é essencial para garantir crescimento futuro e retornos sólidos”.

Grande parte deste investimento da Jerónimo Martins deverá centrar-se na expansão da atividade do grupo nas diversas frentes internacionais, com destaque para a Colômbia.

“Na Colômbia, a Ara [cadeia de distribuição do grupo na Colômbia] manter-se-á focada no ritmo de expansão para ganhar escala e prevê abrir 100 lojas no segundo semestre. Suportados pelos nossos resultados do primeiro semestre, reiteramos o ‘guidance’ anteriormente divulgado: as perdas combinadas da Ara e da Hebe, ao nível do EBITDA, deverão ser ligeiramente inferiores às registadas em 2017 a taxas de câmbio constantes”, explica o referido comunicado da Jerónimo Martins.

O grupo presidido por Pedro Soares dos Santos adianta que, na Colômbia, “o nível de confiança do consumidor continuou a melhorar e entrou em território positivo em maio e junho”.

No primeiro semestre, “a Ara registou vendas de 283 milhões de euros, 53,2% acima do primeiro semestre de 2017 (+66,8% a uma taxa de câmbio constante)”, destaca a Jerónimo Martins.

“No segundo trimestre, as vendas cresceram 52,1% (+60,3% a taxa de câmbio constante) para os 149 milhões de euros”, acrescenta o referido comunicado.

O Grupo Jerónimo Martins sublinha ainda que “a insígnia abriu 50 lojas nos primeiros seis meses de 2018, em linha com o plano de somar cerca de 150 lojas no ano”.

Por seu turno, “o centro de distribuição, em Bogotá, previsto para este ano está em fase de conclusão e espera-se que inicie operações no terceiro trimestre”.

“Na Colômbia, a Ara continua focada na expansão e em ganhar relevância no mercado”, resume o comunicado da Jerónimo Martins.

Quanto à Polónia, principal mercado de faturação da Jerónimo Martins através da cadeia Biedronka, o grupo refere que essa cadeia de retalho “adicionou, no primeiro semestre, dois pontos percentuais à sua quota de mercado, demonstrando agilidade e resiliência na forma como soube lidar com o impacto inicial da proibição de abertura de lojas ao domingo e preparar as condições para continuar a crescer”.

“A economia polaca está a crescer e mantemos uma perspetiva positiva sobre o consumo. A Biedronka permanecerá centrada em satisfazer as expetativas do consumidor e em continuar a crescer, apesar de, no segundo semestre, contar com menos 13 dias de vendas no contexto da obrigatoriedade de encerrar as lojas aos domingos”, avança o referido comunicado.

O Grupo Jerónimo Martins assegura que “a Biedronka está preparada para concretizar o seu programa de expansão para este ano”, revelando que no primeiro semestre deste ano abriu 30 novas lojas (nove adições líquidas) e remodelou 87 localizações.

Recorde-se que a Biedronka foi responsável por mais de 68% das vendas do Grupo Jerónimo Martins na primeira metade deste ano, faturando 5.762 milhões de euros de um total consolidado do grupo de 8.426 milhões de euros.

Por seu turno, no mercado interno, “o Pingo Doce e o Recheio estão bem preparados para prosseguir o reforço das suas posições de mercado e tirar proveito do ambiente favorável de consumo e no canal HoReCa [Hotelria, Restrauração, Cafetaria]”.

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