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Grupo José de Mello e Arcus vendem 81,1% da Brisa

O negócio valoriza a empresa em mais de 3 mil milhões de euros. A maioria do capital da concessionária de autoestradas foi vendida a um consórcio constituído pelos holandeses da APG, os coreanos da NPS, e os suíços da SLAM. Grupo José de Mello mantém posição representativa de 17% dos direitos de voto e com participação ativa na gestão, com Vasco de Mello a manter-se na liderança.
28 Abril 2020, 11h32

O Grupo José de Mello e o Arcus European Infrastructure Fund chegaram hoje a acordo com um consórcio de investidores internacionais para a venda conjunta de dois blocos acionistas representativos, no total, de 81,1% dos direitos de voto da Brisa.

O negócio valoriza a empresa em mais de 3 mil milhões de euros, segundo o grupo José de Mello.

A conclusão desta venda ainda está dependente da aprovação das entidades reguladoras competentes e deverá ocorrer no decurso do terceiro trimestre deste ano.

O consórcio comprador tem “experiência acumulada na gestão de empresas de infraestruturas, uma visão de longo prazo nos investimentos que realiza e é constituído por três investidores institucionais”: a holandesa APG – que é a gestora de ativos da ABP, o fundo de pensões dos funcionários públicos e do setor da educação dos Países Baixos; o NPS, serviço nacional de pensões da República da Coreia; a SLAM, gestora de ativos da Swiss Life, a maior seguradora do ramo vida na Suíça.

No âmbito deste acordo, o grupo José de Mello “permanece como acionista de referência da Brisa,  com uma posição representativa de 17% dos direitos de voto e com participação ativa na gestão, continuando Vasco de Mello como presidente do conselho de administração”.

“Esta parceria, celebrada no atual contexto de grande adversidade, é um sinal de confiança em Portugal e na economia portuguesa e representa uma oportunidade única para a Brisa reforçar e acelerar o seu posicionamento na área da mobilidade”, disse Vasco de Mello em comunicado.

Segundo o grupo José de Mello, o “consórcio comprador considera a Brisa uma das principais referências internacionais no setor das infraestruturas e pretende contribuir ativamente para o crescimento e desenvolvimento da empresa, quer nos atuais negócios, quer em novas áreas de negócio”.

“A concretização deste negócio confirma a robustez e sustentabilidade financeira da Brisa e o seu potencial de crescimento e valorização, reconhecendo também a consistência e o bom desempenho do Grupo José de Mello e do Fundo Arcus”, pode-se ler no comunicado.

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