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Guerra ao vício: China proíbe jovens de jogarem online mais de 90 minutos por dia

As autoridades chinesas consideram que a “saúde mental e física e a vida normal de aprendizagem dos menores” fica prejudicada quando os jovens passam muitas horas nos videojogos online.
10 Novembro 2019, 19h40

O Governo chinês anunciou esta semana que vai limitar radicalmente o número de horas que os menores podem jogar online diariamente.

As medidas anunciadas por Pequim significam que os menores de 18 anos ficam impedidos de jogar mais de 90 minutos diários de videojogos online, com o limite a ser alargado às três horas diárias em feriados. Os jovens também ficam assim impedidos de jogarem entre as 22h00 e as 08h00, segundo noticia a Newsweek.

A proibição também limita a quantidade de dinheiro que os jogadores podem gastar em micro-transações, como a compra de items durante os jogos, para um limite entre 28 dólares (25,4 euros) e os 57 dólares (51,7 euros).

“Apesar de satisfazer as necessidades das pessoas por lazer e entretenimento e enriquecendo a vida cultural e espiritual das pessoas, alguns menores são viciados em jogos e no consumo em excesso, o que deve merecer a nossa atenção. Estes problemas afetam a saúde mental e física e a vida normal de aprendizagem dos menores”, disse um membro, sob anonimato, da agência de censura chinesa (GAPP) à agência noticiosa chinesa Xinhua, citado pela Newsweek.

Para aplicar as novas medidas, a China vai requerer aos jovens jogadores que registem as suas contas online usando o seu nome e o seu número de telefone de forma a permitir um maior controlo.

Apesar de a GAPP citar que existe “investigação relevante” para apoiar a aplicação destas medidas, a Newsweek destaca que existe uma prevalência entre 0,3% e 3% de vício de videojogos online, menos de metade da prevalência existente para o vício de jogo online, como apostas, segundo estudos da Associação norte-americana de Psiquiatria e a National Institutes of Health.

A Organização Mundial de Saúde reconheceu em 2018 a “desordem de videojogos” apontando que esta desordem prejudica a vida “pessoal, familiar, social, educacional” ou outras áreas de comportamento.

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