Os principais índices bolsistas norte-americanos abriram a cair esta segunda-feira. “A guerra comercial domina o sentimento nos mercados acionistas com Wall Street a arrancar a semana em baixa”, apontou o MTrader do Millennium BCP, Ramiro Loureiro.
O financeiro Standard&Poors cai 1,62% para os 2.884,47 pontos; o industrial Dow Jones recua 1,55% para os 26.074,05 pontos; e o tecnológico Nasdaq tomba 2,16% para os 7.831,22 pontos.
Os índices norte-americanos reagem aos últimos acontecimentos entre as duas maiores economias do mundo. Esta segunda-feira, a China ripostou às novas tarifas anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, na quinta-feira, 1 e agosto. Como? Com a desvalorização da sua moeda, o yuan. A moeda chinesa desvalorizou esta segunda-feira para o nível mais baixo em mais de dez anos e Pequim ordenou às empresas estatais que suspendessem as importações de produtos agrícolas norte-americanos.
“Trump designou a mais recente depreciação do yuan como manipulação cambial”, salientou o analista Ramiro Loureiro.
Facto é que desta forma a China corta nas importações agrícolas depois de Trump ter acusado o país de não cumprir com a promessa de aumentar as compras deste setor aos Estados Unidos, tal como prometido. Ao mesmo tempo, a depreciação do yuan é um sinal de resposta à acusação de Washington de que Pequim manipula a moeda de forma injusta,
Com o yuan mais fraco, os produtos chineses são mais baratos, o que pode ajudar a conter o efeito negativo das novas tarifas dos EUA sobre a competitividade da economia de Pequim.
Na quinta-feira, o presidente norte-americano Donald Trump anunciou a imposição de novas tarifas de 10% sobre produtos chineses avaliados em 300 mil milhões de dólares até 1 de setembro.
Além de mais um episódio na guerra comercial, a Apple prolonga o movimento de queda, iniciado na sexta-feira, 2 de agosto. Alibaba e JD.com também ensaiavam com perdas expressivas.
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