O crescimento empresarial da zona euro recuou mais que o esperado à entrada do último trimestre de 2018, de acordo com o Purchasing Manager’s Index (Índice empresarial, PMI sigla anglo-saxónica) divulgado esta quarta-feira pela IHS Markit. Na origem da perda de força do setor empresarial está o enfraquecimento das encomendas, o que afetou a confiança de investidores e empresários.
Numa altura em que o conflito comercial entre as duas maiores economias mundiais, Estados Unidos e China, é uma realidade e a discusão em torno do orçamento de estado de Itália e respetiva dívida e perspetiva de “aperto” financeiro, o crescimento empresarial europeu desacelera.
“Existem uma série de fatores que estão a prejudicar a procura. As guerras comerciais e as tarifas aldfandegárias são as preocupações mais citadas”, segundo o economista-chefe do IHS Markit, organimo que compila o PMI, citado pela agência “Reuters”.
Já o PMI composto preliminar do IHS Markit caiu para mínimos de 25 meses, para 52,7 pontos após os 54,1 pontos de setembro – um recuo muito abaixo da expetativa dos analistas. A previsão mais baixa era de 53,2, sendo que qualquer valor acima de 50 neste índice indica crescimento.
O índice de produção futura, que é referência para avaliar o otimismo dos empresários e empresas, aponta para uma descrença numa recuperação breve. Este índice caiu de 62,1 pontos para 59,4 pontos – mínimos de quase quatro anos.
A indústria teve resultado idêntico. O PMI do setor caiu de 53,2 para 52,1, sendo que os analistas esperavam 53,0 pontos – uma vez que as encomendas contraíram pela primeira vez desde o final de 2014.
Para o setor de serviços, o cenário foi similar, com o PMI a recuar para a mínima de dois anos, para 53,3 face aos 54,7 de setembr. A projeção era de 54,5.
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