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Guerra comercial passou de risco baixo para proeminente, diz presidente da Fed

Na primeira conferência de imprensa à frente da Reserva Federal, Jerome Powell afirmou que os membros do comité do banco central expressaram que a imposição de tarifas às importações tornou-se numa fonte de preocupação para os líderes empresariais.
21 Março 2018, 20h01

A Reserva Federal norte-americana continua confiante sobre as perspetivas de crescimento da maior economia do mundo, mas há uma nuvem no horizonte: os potenciais impactos das tarifas às importações.

Jerome Powell, o novo presidente do banco central, passou a maior parte da conferência de imprensa a seguir à reunião de política monetária a falar, num tom otimista, da expansão da atividade económica, da força do mercado laboral e da subida (finalmente) da inflação. Contudo, o tom foi mais sombrio quando respondeu a perguntas sobre as medidas que Donald Trump impôs na politica comercial, nomeadamente à importação de aço e alumínio.

“O que os participantes da reunião [do comité de política monetária] discutiram foi que é um novo risco que até agora tinha sido provavelmente um risco de perfil baixo e tornou-se agora um risco proeminente para o outlook económico”, referiu. “Foi discutido, mas não entrámos em detalhes sobre se o impacto seria na inflação, no crescimento ou em outro aspeto”.

Powell explicou que vários participantes levantaram a questão das tarifas. “Se puder resumir o que foi dito é que não vemos necessidade de alterações na política comercial terem qualquer efeito no outlook atual”. Adiantou, no entanto, ” que vários participantes relataram as conversas que tiveram com líderes empresariais e que estes expressaram que o tema tornou se num motivo de preocupação em relação ao crescimento”.

 

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