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Guerra comercial volta a penalizar Wall Street

Principais índices abriram a sessão a cair e a refletir as dúvidas em torno de uma possível guerra comercial.
  • Brendan McDermid/Reuters
7 Março 2018, 15h01

A bolsa de Nova Iorque negociava hoje em baixa no início da sessão, no meio da incerteza quanto às medidas protecionistas defendidas pelo Presidente Donald Trump.

Cerca das 15h00 (hora de Lisboa), o índice Dow Jones recuava 0,72% para 24.704,03 pontos e o Nasdaq perdia 0,42% para 7.340,92 pontos.

O índice alargado S&P 500 baixava 0,47% e estava em 2.715,17 pontos.

Na terça-feira foi anunciado que o principal conselheiro económico de Trump, Gary Cohn, abandona a Casa Branca após entrar em rutura com o presidente norte-americano sobre a intenção de taxar as importações do aço e do alumínio.

“Os mercados consideram que Gary Cohn era a voz da razão face a uma guerra comercial que Trump parece desejar. A sua saída significa, a curto prazo, que os conselheiros económicos do presidente são bastante mais populistas e menos abertos à economia de mercado do que o antigo membro do (banco) Goldman Sachs”, comentou o analista Gregori Volokhine, citado pela AFP.

Na terça-feira, depois de uma sessão marcada pela hesitação, Wall Street acabou por encerrar em alta.

FMI mostra preocupação

A diretora geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse esta quarta-feira que “uma guerra comercial” provocada pela tributação norte-americana sobre as importações de aço e alumínio seriam desanimadoras para o crescimento económico mundial.

“Se o comércio internacional for posto em causa por este tipo de medidas (tributação) pode gerar uma quebra do crescimento e uma redução de intercâmbios que seriam desanimadores”, disse Lagarde, em entrevista à estação RTL.

“Numa guerra comercial – que seria alimentada por uma argumentação sobre tarifas aduaneiras – ninguém ganha”, acrescentou a diretora do FMI.

“Nós estamos bastante preocupados e defendemos um acordo entre as partes. Negociações e consensos”, disse ainda Christine Lagarde.

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