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Guterres expressa orgulho em ver Portugal “na linha da frente” nas alterações climáticas

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, expressou hoje orgulho, como português, em ver Portugal “na linha da frente” no combate às alterações climáticas e também em matéria de migrações e refugiados.
  • Reuters / Pedro Nunes
23 Setembro 2019, 08h01

“É para mim, como português, um motivo de particular orgulho ver que Portugal tem estado na linha da frente, quer em matéria de alterações climáticas, questão central do nosso tempo, quer em algo que me é particularmente querido, até pelo que fiz como Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados”, afirmou.

No final de um encontro com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no seu gabinete nas Nações Unidas, em Nova Iorque, António Guterres elogiou também “a coragem, a eficácia e a extrema importância do contingente português na República Centro-Africana”.

“Em circunstâncias particularmente difíceis, o contingente português tem sido precioso para que as Nações Unidas possam proteger os civis, com grupos armados muito agressivos, e tem revelado uma capacidade fora do normal e admirada por todos os outros países presentes nesse cenário”, considerou, numa declaração aos jornalistas, com Marcelo Rebelo de Sousa ao seu lado.

Segundo António Guterres, “a cooperação entre Portugal e as Nações Unidas é uma cooperação exemplar”.

Em matéria de migrações e refugiados, o secretário-geral da ONU apontou Portugal como um exemplo, assinalando que “será o primeiro país a aprovar um plano de ação para o compacto das migrações”.

“Num momento em que, infelizmente, nós vemos tantas portas fechadas, vemos tanta falta de humanismo, esse exemplo de Portugal é extremamente reconfortante e muito importante para as Nações Unidas”, acrescentou.

Em seguida, Marcelo Rebelo de Sousa agradeceu a referência do secretário-geral da ONU à presença portuguesa na República Centro-Africana.

“Portugal tem estado, semestre após semestre, ano após ano, a cumprir uma missão reconhecida por todos, antes de mais pelo povo centro-africano, mas depois por todos os países envolvidos nessa causa que é uma causa humanitária essencial para a pacificação naquela região de África. E é com orgulho que como Presidente da República Portuguesa e como Comandante Supremo das Forças Armadas registo aquilo que disse o senhor secretário-geral e que honra todos os portugueses”, disse.

O Presidente da República e o secretário-geral da ONU reuniram-se ao final da noite de domingo em Nova Iorque, já madrugada de segunda-feira em Lisboa.

Marcelo Rebelo de Sousa chegou no domingo a Nova Iorque, onde ficará até quarta-feira, para participar e intervir na Cimeira da Ação Climática, na segunda-feira, e no debate geral da 74.ª Assembleia Geral da ONU, que começa na terça-feira.

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