António Guterres criticou duramente a ordem executiva que impede a entrada de cidadãos de sete países muçulmanos nos Estados Unidos durante quatro meses.
Segundo Trump esta ordem é necessária para a luta antiterrorista, mas o secretário-geral da ONU disse que apesar dos países terem “o direito, mesmo a obrigação, de controlar as suas fronteiras para impedir a entrada de membros de organizações terroristas”, este tipo de ordens “não pode ter como base qualquer forma de discriminação em função da religião, origem étnica ou nacionalidade”.
Guterres disse mesmo que esta ordem pode não ser eficaz e que tamanha discriminação “desencadeia uma ansiedade e uma raiva generalizadas que podem facilitar a propaganda das organizações terroristas que todos queremos combater”.
Durante a reunião da União Africana (UA) que aconteceu na passada segunda-feira, Guterres relembrou que “as fronteiras africanas permanecem abertas para aqueles que precisam de proteção quando muitas fronteiras estão fechadas, incluindo as dos países mais desenvolvidos do mundo”. O secretário-geral da ONU espera que a proteção dos refugiados volte a ser uma das prioridades do governo de Donald Trump.
Vários líderes mundiais apelaram para o fim desta ordem executiva. A chanceler alemã, Angela Merkel, relembrou várias vezes que é uma obrigação acolher refugiados.
A decisão de Trump tem sido muito polémica e tem despoletado inúmeros protestos em todo o mundo.
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