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Há cerca de dez empresas na mira para comprar vacinas para a Covid-19, revela Infarmed

“Há umas que vão começar agora os ensaios, outras que estão em ensaios de fase 1, 2 ou outras que vão iniciar os de fase 3. Estas condicionantes estarão presentes no processo negocial”, explicou o presidente da autoridade nacional do medicamento.
  • Reuters
29 Julho 2020, 14h47

A Autoridade Nacional do Medicamento e dos Produtos de Saúde (Infarmed) está a representar o Governo português no processo europeu de compra da vacina para a Covid-19 e há, neste momento, cerca de dez empresas com as quais está a ser realizado um “trabalho ativo” para que se possa fechar negociações.

“Há muitas vacinas em desenvolvimento, quase duas centenas. As que estão em fase mais avançada são menos do que essas. Citei à volta de dez, sendo que depois desse conjunto ainda podemos identificar vacinas que estão mais avançadas. Há umas que vão começar agora os ensaios, outras que estão em ensaios de fase 1, 2 ou outras que vão iniciar os de fase 3. Estas condicionantes estarão presentes no processo negocial”, explicou o presidente do conselho diretivo do Infarmed, em conferência de imprensa.

O Infarmed está envolvido no processo e em articulação com a Direção-Geral da Saúde (DGS). “Estamos a conduzir este processo ainda antes de os pedidos terem sido entregues na EMA, portanto, nem sabemos quais são as vacinas que vão ser autorizadas. Este é um processo de antecipação e aceleração das condições para podermos dispor da vacina o mais cedo possível, vamos ter de olhar para estes aspetos e teremos de ter em atenção a decisão que vai ser tomada a nível europeu”, referiu Rui Santos Ivo.

Desde o início da pandemia, Portugal registou 50.613 casos confirmados da doença causada pelo novo coronavírus. Nas últimas 24 horas contabilizaram-se mais 203 casos e três vítimas mortais, de acordo com o mais recente boletim epidemiológico da DGS. O número total de mortes pela pandemia é agora de 1.725.

A secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, adiantou aos jornalistas que, entre os meses de janeiro e julho, foram aprovados 36 novos medicamentos sobretudo nas áreas da oncologia, cardiologia, infeciologia e neurologia e lembrou que há uma “reserva estratégica” de medicação para responder à Covid-19 que será agora reforçada nos hospitais públicos.

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