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Haitong com lucros de 1,2 milhões de euros em 2018

Atualmente, o Banco está a preparar a venda da sua subsidiária na Irlanda – a Haitong Investment Ireland p.l.c. – pelo que os ativos e resultados da subsidiária irlandesa foram reclassificados para operações em descontinuação.
23 Março 2019, 01h57

O Banco de investimento Haitong anunciou lucros depois de quatro anos em terreno negativo.  O Resultado Líquido foi de cerca de 1,2 milhões de euros, o que compara com prejuízos de 130 milhões registados em 2017. Em parte este resultado é provocado pela descida das imparidades constituídas, que passou de 79 milhões em dezembro de 2017 para 26 milhões em dezembro de 2018.

“Os custos com provisões e imparidades registaram um decréscimo homólogo de 66,5% para 26,4 milhões em 2018, face a 78,8 milhões em 2017. Estas imparidades provêm, na sua maioria, da carteira de crédito histórica”, diz o banco em comunicado enviado à CMVM.

Durante o ano de 2018, o Haitong Bank alcançou resultados de operações descontinuadas no valor de 13,2 milhões, relacionados com a venda das subsidiárias do Reino Unido e EUA. “Esta foi uma parte muito importante do plano de restruturação, que permitiu ao Banco focar-se nos negócios de banca corporativa e de investimento, operando com uma base de custos mais eficiente. Os resultados de operações descontinuadas tiveram um impacto neutro no resultado operacional do Banco”, lê-se no comunicado.

Atualmente, o Banco está a preparar a venda da sua subsidiária na Irlanda – a Haitong Investment Ireland p.l.c. – pelo que os ativos e resultados da subsidiária irlandesa foram reclassificados para operações em descontinuação.

Segundo um comunicado enviado ao mercado, o banco liderado por Wu Ming registou um produto bancário de 99 milhões, o que traduz um crescimento homólogo de 43%. O Resultado Operacional no ano fiscal 2018 foi de 21 milhões, o que representa uma melhoria significativa quando comparado com o Prejuízo Operacional de 57 milhões registado em 2017.

O banco de investimento que foi o BESI diz que as áreas de negócio geradoras de comissões tiveram um desempenho positivo, nomeadamente as atividades de Mercado de Capitais, Fusões e Aquisições e Structured Finance. “Este desempenho é consequência do processo de renovação do Banco, que beneficiou da melhoria das atividades relacionadas com a China e do desempenho consistente das atividades domésticas no Brasil e na Europa”, diz a instituição.

O Banco opera agora com uma base de custos 38% inferior à do ano passado, diz o banco. No final de 2018, o Banco operava com uma base de custos 38,3% inferior à verificada em igual período do ano passado (77,6 milhões em 2018 versus 125,6 milhões no ano anterior).

O volume de ativos caiu de 3.276 milhões para 2.895 milhões de euros de 2017 para 2018. O total de passivo caiu de 2.742 milhões para 2.279 milhões.

“O Haitong Bank melhorou a qualidade dos seus ativos”, salienta o banco de investimento. Fruto do esforço para reduzir o montante de créditos não produtivos, o rácio de NPL (malparado) registou uma descida significativa de 37,3% em 2017 para 8,2% em 2018, beneficiando também da reclassificação contabilística da Haitong Investment Ireland p.l.c. para operações em descontinuação, no seguimento da decisão da Administração de vender a subsidiária. Sem esta reclassificação, o rácio de NPL situar-se-ia nos 21,8%, o que, ainda assim, representa uma redução de 41% no montante de créditos não produtivos durante o ano.

Wu Min, CEO, afirmou em comunicado que “criámos as bases para a sustentabilidade do Banco em termos de Governo, Modelo de Negócio, Disciplina nos Custos e Orientação Estratégica”.

“Estes resultados são igualmente uma motivação para toda a equipa prosseguir o seu trabalho, numa organização alicerçada na meritocracia e integridade”, diz o banco.

O Haitong Bank tem atualmente uma base de capital composta  por um rácio CET1 de 22,9% e um rácio de Capital Total de 28,9%.

“A disponibilidade de capital aliada ao fluxo de transações tanto a nível doméstico como na China irão permitir a expansão do balanço e melhorias das receitas recorrentes durante os próximos anos”, promete o banco.

Apesar do lucro consolidado o banco apresentou prejuízos nas contas individuais de  4,57 milhões de euros.

“Considerando que, no exercício findo a 31 de Dezembro de 2018, o Banco apresentou um lucro líquido de 1.158.818,32 euros e um prejuízo a nível individual no montante 4.566.182,56 euros o Conselho de Administração propôs que os prejuízos apurados nas contas a nível individual sejam levados à conta de resultados transitados e outras reservas”, refere um comunicado do banco de 2 de Maio, depois da Assembleia Geral.

(Atualizada a 2 de maio)

 

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