[weglot_switcher]

Happy Monday sacode pessimismo de Wall Street

Longe vão os dias em que até há cerca de três anos era recorrente o anúncio de operações de fusões e aquisições durante o fim de semana, ou de forma mais premente na segunda-feira, validando um termo já conhecido do mercado designado por Merger Mondays. Operações que animavam os índices através da melhoria do sentimento […]
12 Março 2019, 07h47

Longe vão os dias em que até há cerca de três anos era recorrente o anúncio de operações de fusões e aquisições durante o fim de semana, ou de forma mais premente na segunda-feira, validando um termo já conhecido do mercado designado por Merger Mondays. Operações que animavam os índices através da melhoria do sentimento dos investidores, com a probabilidade de mais operações dentro dos sectores das empresas anunciadas e que sendo no início da semana davam desde logo um bom mote para pelo menos mais um dia de optimismo. Ontem tal voltou a ocorrer com a intenção da Nvidia em adquirir a Mellanox Technologies por $6,8 mil milhões, notícia que puxou pelo sector dos semicondutores (PHLX) e que com uma valorização de 2,4% foi por sua vez um dos principais catalisadores para o ganho de 2,02% do Nasdaq.

Índice tecnológico que beneficiou igualmente da melhoria do rating dos títulos de dois pesos pesados do sector, Apple e Facebook, que tiveram os preços alvo a 12 meses dos seus títulos revistos em alta, fomentando assim ganhos de 3,47% e 1,46% respectivamente nos mesmos. Do lado contrário do sentimento esteve a Boeing, a empresa que mais peso tem no Dow Jones e que ontem registou uma sessão “negra” ao ceder mais de 5%, após o acidente com um Boeing 737MAX8 da Egyptian Airlines ter levado as autoridade chinesas e indonésias a proibir a utilização de todas as aeronaves daquele modelo, e da empresa ter adiado o lançamento do novo Boeing 777-9, desvalorização que reduziu em mais de metade os ganhos do índice industrial face ao tecnológico, com uma subida de 0,76%.

Ao nível económico os dados sobre as vendas a retalho nos EUA relativas a Janeiro, aliviaram os receios de uma trajectória descendente do crescimento económico que leve a uma recessão da maior economia do mundo, visto que os consumidores, suportados por um bom mercado de trabalho estão para já a segurar o movimento económico, com as vendas a subirem 0,2% contra a esperada estagnação e depois de uma forte contracção de 1,6% no último mês de 2018. Resumindo foi uma segunda-feira em cheio para os Bulls, contudo nesta fase ainda é cedo para soltar foguetes visto que Wall Street continua dentro da zona de resistência e não será um ou dois dias que permitirão aos índices quebrar esta zona de consolidação.

No Forex nada de extraordinário a registar, cenário que poderá ser hoje alterado pelo menos na Libra inglesa e no Euro, devido ao primeiro dos três votos no Parlamento do Reino Unido referentes ao processo do Brexit. Das notícias de índole económica a serem divulgadas de realçar o PIB do Reino Unido e o índice de preços ao consumidor dos EUA, este segundo que apesar de ser um dado de relevo para o FED não deverá alterar a mentalidade dovish dos membros do board.

O gráfico de hoje é do EUR/USD, o time-frame é Diário

O principal par de moedas está dentro de um canal descendente (linhas azuis), que poderá delimitar os seus movimentos de curto-prazo

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.