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Especial 2018: Haverá mudanças de liderança nas grandes empresas?

O novo ano começa com a possibilidade de mudanças de liderança em várias grandes empresas cotadas nacionais. Destacamos três: a EDP, o Novo Banco e os CTT.
  • Rafael Marchante/Reuters
4 Janeiro 2018, 09h25

No caso da energética, o mandato da atual administração liderada por Eduardo Catroga (chairman) e António Mexia (CEO) está a terminar e haverá nomes novos nos órgãos máximos da empresa, que estão neste momento a ser negociados pelos principais acionistas, o grupo China Three Gorges (CTG) e vários fundos americanos. Catroga deverá abandonar a presidência, dando lugar a um novo ´’chairman’ que, segundo foi noticiado, poderá ser Luís Amado (ex-ministro dos Negócios Estrangeiros e antigo presidente do conselho de administração do Banif) ou o advogado Diogo Lacerda Machado, homem de confiança do primeiro-ministro António Costa.

Quanto à escolha do CEO, Mexia poderá ser sucedido por… Mexia. O presidente-executivo cessante da EDP, que chegou a ser visto como estando fora da corrida, terá agora o apoio dos fundos americanos e também da CTG. A decisão formal será tomada na assembleia-geral de 5 de abril, mas até lá existirá um acordo entre os principais acionistas da energética.

No Novo Banco, o fundo americano Lone Star encomendou um estudo para avaliar a performance da administração liderada por António Ramalho, no que foi interpretado como um sinal de que os americanos pretenderão substituir a gestão do antigo BES “bom”. É ainda cedo para retirar conclusões, até porque António Ramalho tem a seu favor o trabalho feito a nível de melhoria operacional ao longo de 2017 (com uma redução de 34% do resultado negativo, nos nove meses do ano, face ao período homólogo).

Os CTT serão outra empresa no centro das atenções ao longo dos próximos meses. A grande questão que circunda a empresa é se a administração se irá manter ou se os acionistas pretendem substituir Francisco Lacerda. Depois há a questão do contrato de concessão. Será que o Estado vai cancelar o contrato de concessão de serviço público postal? António Costa já remeteu qualquer decisão para o parecer da Anacom e para as conclusões do grupo de trabalho criado para estudar o assunto.

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