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HBO Max chega à Europa na segunda metade de 2021

“Ainda não falámos publicamente sobre a Europa, mas digo-o aqui. Na segunda metade [de 2021] vão ver-nos a fazer atualizações a alguns serviços já disponíveis pela HBO para a HBO Max”, disse o CEO da HBO Max, Andy Forssell na Web Summit.
3 Dezembro 2020, 21h35

A HBO Max só foi lançada em maio, dois meses após o início da pandemia, mas já está a planear a sua expansão global no próximo ano. Apesar da América Latina ser o primeiro mercado internacional a ser introduzido ao novo serviço da HBO, a nova plataforma de streaming vai estrear-se na Europa na segunda metade de 2021, de acordo com Andy Forssell, CEO da HBO Max.

“Ainda não falámos publicamente sobre a Europa, mas digo-o aqui. Na segunda metade [de 2021] vão ver-nos a fazer atualizações a alguns serviços já disponíveis pela HBO para a HBO Max. Vai ser um novo produto, vamos duplicar o conteúdo, terá muitas mais capacidades, e até ao fim do ano, ambas as regiões [América Latina e Europa] serão muito ativas e mais à frente será a Índia, mas o plano é atualizarmos nos 190 países em que estamos e a velocidade a que conseguimos fazer isso”, disse Forssell.

Apesar de serem forçados a readaptar os conteúdos que queriam na plataforma no início, devido à pandemia, a plataforma dirigida por Forssell, e cujos conteúdos estão entregues a Casey Bloys, a HBO Max optou por transportar conteúdos exclusivos que em outros países estrearam na HBO regular.

“Tivemos o mesmo problema que várias plataformas. Tínhamos séries e filmes que iam começar a ser gravados em março, ou já estávamos a meio das filmagens, e tivemos de largar tudo. Como podem imaginar, lançar um serviço sem ter os programas idealizados e programados é dececionante e difícil”, defende Casey Bloys.

“Ainda agora, que já recuperámos as gravações, quase ao ponto em que estávamos em março, digo que a equipa de produção da Warnermedia e da HBO tem trabalhado arduamente para conseguir retomar o trabalho que esteve parado durante a pandemia e conseguir manter as pessoas protegidas”, continuou o responsável de conteúdos na Web Summit, acrescentando que “é difícil lançar o serviço sem tudo o que foi imaginado”.

Questionado sobre a possibilidade dos consumidores verem filmes e séries sobre a pandemia, Bloys admite que essa é uma decisão dos criadores de conteúdos e dos escritores, uma vez que, apesar de ser um evento internacional e pelo qual todo o mundo ainda se encontra a passar atualmente, já foram produzidos vários conteúdos sobre o tema, e que o importante “é não sobrecarregar os consumidores”.

Comparando com outros serviços de streaming, como a Netflix ou a Amazon Prime Video, Bloys assume que não se trata “apenas dos programas que estão a ser visionados mas como estes estão a ser vistos. Percorrer o streaming e ver os programas disponíveis é uma experiência que está de mãos dadas, não são experiências sozinhas”. “A melhor parte do Max é a variedade de conteúdos que estamos a entregar aos consumidores. Não vamos mudar o tipo de programas da HBO mas vamos observar mais variedade de géneros”, realçou.

De acordo com Andy Forssell, uma das melhores surpresas foi a subida repentina no consumo dos conteúdos. “Sabíamos que ia aumentar, mas não desta maneira. Foi uma das maiores surpresas”, disse, acrescentando que “vimos 60% mais de consumo depois do lançamento do que no primeiro trimestre pré-Covid, foi um salto enorme”.

Também surpresa para Bloys foi as tendências de visualizações. “Vimos que as pessoas optaram por ver séries clássicas, como os Sopranos, The Wired ou Friends. Muitas pessoas optaram pelos clássicos e é ótimos oferecer isso às pessoas”.

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