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High Bridge compra 6,17% da Pharol ao BCP, será Tanure?

O mercado diz que o comprador da posição do BCP é o brasileiro Nelson Tanure.
  • Luís Palha da Silva, CEO da Pharol
24 Maio 2017, 19h04

A Pharol acaba de comunicar que a High Bridge Unipessoal comprou 6,17% do seu capital. Esta é a posição vendida pelo BCP, na passada terça-feira.

Segundo fontes de mercado o comprador da posição é na realidade Nelson Tanure, o brasileiro que tem estado a reforçar na Oi, mas não foi possível confirmar. Sabe-se apenas que a sociedade compradora está registada com a morada de Rua Vitor Cordon, 10-A, que é a morada do escritório de advogados de Carlos Cruz (CCA – Ontier). É um fundo detido pela Atlantis Global Investments.

O dono do Fundo Sociéte Mondiale tem estado a investir na Pharol que detém 27% da operadora brasileira. Pois acaba por ser mais barato investir na Pharol em Lisboa do que na Oi no mercado de São Paulo. As ações da Pharol valorizaram na bolsa de Lisboa 1,59% para 0,26 euros por ação. A Oi subiu 1,76% para 3,46 reais (0,94 euros).

Nelson Tanure entrou no capital da Oi em 2016, pouco antes da empresa avançar para um processo de recuperação judicial. Nelson Tanure conhecido como um investidor agressivo que costuma entrar em empresas em situação frágil, é detentor de cerca de 8% da Oi e quase 10% da Pharol, segundo o Expresso.

Segundo a estrutura acionista oficial da empresa liderada por Luís Palha da Silva, a Telemar Norte Leste detém 10% e o Novo Banco é detentor de 9,56% do capital da ex-PT SGPS.

A  ​High Seas Investments LLC​ tem ​5,20%​; a ​Hestia Investments DAC​​ tem  ​4,85%;  Norges Bank​​ tem 3%; Visabeira  2,64%​; e  ​Discovery Capital Management, LLC (atribuída a Nelson Tanure) com 2,02%, consta da estrutura acionista do site da Pharol.

Ontem foi comunicado que a Renaissance Technologies LLC baixou a posição de 2,14% para 1,97%.

A imprensa brasileira tem escrito que o  plano de Tanure para ficar com a Oi envolve uma estratégia de múltiplas frentes. Em 16 de janeiro, o fundo americano Discovery, seu aliado, comprou 2,02% das ações da própria Pharol. “Essa participação pode ser maior, já que Tanure costuma usar diversos veículos de investimentos, seus e de aliados, para comprar ações”, afirma um executivo a par do assunto à revista “Isto É”.

Neste momento a Oi vive uma batalha entre acionistas e credores (detentores de obrigações), nomeadamente a Aurelius Management.

 

 

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