[weglot_switcher]

“Hoje as pessoas são jovens advogados até aos 45 anos”

Ana Rita Duarte Campos, presidente do Instituto de Apoio aos Jovens Advogados, teme que os recém-chegados à profissão, munidos de tecnologia, não vejam na advocacia um emprego apelativo e socialmente importante.
18 Fevereiro 2019, 09h30

A presidente do Instituto de Apoio aos Jovens Advogados (IAJA) considera que, atualmente, os novos profissionais do Direito “às vezes têm dificuldade em deixar-se seduzir pela profissão”. Numa altura em que os advogados estão, em média, cerca de três décadas a exercer atividade, caso se mantenham no ramo, Ana Rita Duarte de Campos teme que continue a haver desistências em massa. De acordo com um estudo do IAJA, referente aos últimos cinco anos, entre o número de advogados pós-estágio e os advogados inscritos, aproximadamente 20% abandonaram a profissão. A dirigente diz que isso “é preocupante”, pois significa que a percentagem tenderá a exponenciar-se nos seis ou nos sete anos iniciais.

Em entrevista ao Jornal Económico, a advogada da Vieira de Almeida (VdA) confessa que um dos seus principais “receios é que haja muita gente talentosa nestas gerações que não veja na advocacia uma profissão apelativa” ou um emprego capaz de garantir realização intelectual. Ana Rita Duarte de Campos lembra que este trabalho, com importância social, acarreta exigências, como a obrigação de serem cidadãos especialmente qualificados e a necessidade de fazerem trabalhos pro bono [pelo bem público]. “O padrão da profissão mudou muito. É difícil para quem cresceu rodeado de tecnologia perceber o tipo de vida dos advogados. Passamos muitas horas fechados em gabinetes e salas de audiências. É um esforço permanente”, explica.

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.