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Hotelaria: taxa de ocupação estagna em maio mas hoteleiros estão otimistas para este verão

A taxa de ocupação quarto a nível nacional, em maio último, atingiu os 79%. Por destinos turísticos, destacam-se Lisboa (89%), Porto (88%), Madeira (84%) com o registo de ocupação mais elevado.
  • Stephane Mahe/Reuters
20 Julho 2018, 12h02

O mês de maio de 2018 registou um crescimento a dois dígitos no preço médio por quarto ocupado (ARR) de 11% e no preço médio por quarto disponível (RevPAR) de 10%, com a taxa de ocupação a registar um decréscimo de 0,6 p.p., segundo o AHP Tourism Monitors, ferramenta exclusiva de recolha de dados da Hotelaria nacional trabalhados mensalmente pela AHP – Associação da Hotelaria de Portugal.

Apesar destes números apontarem para uma estagnação, 2018 “é um ano de consolidação na hotelaria”, afirma Cristina Siza Vieira, presidente executiva da AHP, acrescentando que os últimos três anos foram de “crescimento acelerado” e agora se assiste “a uma estabilização da taxa de ocupação e a um crescimento sustentado do preço médio por quarto ocupado e do RevPAR”. Quanto ao atual período do verão, “as expectativas são muito positivas”, afirma ainda.

Ainda assim, em seu entender, este cenário de estabilização, traz alguma preocupação, sobretudo “no caso dos destinos que estão em queda na taxa de ocupação desde o início do ano, uns porque tiveram um 2017 muito forte, como é o caso de Leiria/Fátima/Templários com a vinda do Papa; outros, como a Madeira e o Algarve, porque se têm ressentido com a quebra de mercados como o inglês e o alemão, com as rotas que não foram repostas após a falência de companhias aéreas que ali operavam e a concorrência de outros destinos”.

A responsável sublinha ainda a situação dos Açores que, por um lado, teve uma grande procura no seguimento da abertura do espaço aéreo a companhias low-cost e agora estão a ressentir-se da falência de algumas companhias aéreas e, por outro, porque houve um aumento significativo da oferta de Alojamento Local na região.

Preços sobem em maio

Ainda sobre a taxa de ocupação quarto a nível nacional, em maio último, atingiu os 79%, e por destinos turísticos, destacam-se Lisboa (89%), Porto (88%), Madeira (84%) com o registo das taxas de ocupação mais elevadas. As categorias quatro e três estrelas registaram uma quebra ligeira de 1,8 p.p. e de 0,3 p.p..

O ARR fixou-se nos 97 euros, mais 11% do que em igual período do ano passado. Lisboa foi o destino que registou uma melhor performance (136 euros), seguido do Grande Porto (101 euros) e de Estoril/Sintra (95 euros). De destacar o crescimento de 19% e 14% nas três e quatro estrelas, respetivamente.

O RevPAR foi de 76 euros, com um aumento de 10%, com a Costa Azul (41%), Alentejo (33%) e Lisboa (17%) a registarem o maior crescimento em termos de variação. A estada média registou uma quebra de 2%, fixando-se nos 1,90 dias. Essa quebra apenas não se verificou nas três estrelas, onde cresceu 3%.

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