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Huawei sob pressão após Washington anunciar medidas restritivas

A mudança na regulamentação do Departamento de Comércio dos Estados Unidos exige que os fabricantes de semicondutores estrangeiros que usem equipamentos e componentes americanos obtenham uma licença para vender os seus chips à Huawei.
18 Maio 2020, 17h27

As novas restrições anunciadas na sexta-feira passada pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos colocaram a Huawei numa situação muito instável. A fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicações alertou na segunda-feira que a sua sobrevivência está em risco, já que Washington vai impedir o acesso da empresa ao mercado internacional de semicondutores, segundo o “El Economista”.

A mudança na regulamentação do Departamento de Comércio dos Estados Unidos exige que os fabricantes de semicondutores estrangeiros que usem equipamentos e componentes americanos obtenham uma licença para vender os seus chips à Huawei.

Os semicondutores são essenciais para muitos dos produtos da Huawei, desde as suas estações e equipamentos para o desenvolvimento das redes 5G, até aos smartphones. A empresa projeta semicondutores para os seus produtos através de uma divisão da empresa chinesa chamada HiSilicon. O fabrico destes componentes é feita pela Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC) – uma empresa de Taiwan, que será uma das mais afetadas pelos novos regulamentos dos EUA, uma vez que utiliza equipamentos dos Estados Unidos para criar os chips.

Guo Ping, presidente rotativo da Huawei explica que “esta nova regra afetará a expansão, manutenção e operações contínuas de redes no valor de centenas de biliões de dólares que implementámos em mais de 170 países”.

É provável que a decisão dos Estados Unidos prejudique não apenas a Huawei e a TSMC, mas também um grupo de empresas americanas, como os fabricantes de equipamentos Applied Materials Inc., KLA e Lam Research, analistas da Morgan Stanley.

Os analistas da Sanford C. Bernstein & Co, liderados por Mark Li, explicam que o governo chinês pode retaliar, aplicando restrições a empresas dependentes dos Estados Unidos, como a Apple ou a Boing, segundo estes “a China provavelmente retaliará e os investidores devem estar preparados para uma possível escalada da guerra comercial”.

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