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Huawei vai processar regulador das comunicações dos Estados Unidos

Empresa chinesa foi impedida pelo regulador das comunicações dos EUA por ter sido excluída de ter acesso a um fundo de 8,5 mil milhões de dólares.
29 Novembro 2019, 11h09

A Huawei vai avançar para tribunal com uma ação contra a decisão da Federal Communication Commission (FCC, regulador das comunicações nos Estados Unidos), depois de a entidade ter considerado a empresa chinesa “uma ameaça à segurança nacional” e, por isso, ter excluído a tecnológica de um programa de subsídios federais para desenvolver redes de telecomunicações no país, dá conta o “The Wall Street Journal” esta sexta-feira, 29 de novembro.

Depois de ter processado a administração Trump, devido às movimentações de Washington para restringir os negócios da empresa chinesa nos Estados Unidos (EUA), a Huawei avança agora sobre o regulador. A tecnológica tem também reforçado o investimento no lóbi nos EUA, enquanto tenta travar os efeitos das acusações de que é um veículo de espionagem do Estado chinês.

Em causa está a posição da FCC em impedir que qualquer telecom norte-americana possa usar verbas do Universal Service Fund (um fundo de 8,5 mil milhões de dólares) para comprar equipamento das empresas chinesas Huawei e ZTE. Além dessa decisão, a FCC pediu às empresas de telecomunicações dos EUA, abrangidas pelo referido fundo, que substituam equipamentos e serviços que tenham fornecidos pelas empresas chinesas.

Segundo o presidente da FCC, Ajit Pai, determinados fornecedores chineses representam “um risco para a segurança nacional do país”. “E existem razões crescentes para acreditar que as empresas chinesas Huawei e ZTE representam um risco inaceitável para a segurança nacional dos EUA”, afirmou no final de outubro, num documento oficial da regulação.

A decisão da FCC está em linha com as pretensões da Casa branca, cujo Departamento do Comércio colocou a Huawei numa lista de empresas impedidas de ter relações comerciais e de fornecer produtos e serviços a companhias norte-americanas. Contudo este bloqueio oficial da administração Trump foi adiado por três vezes, sendo que só deverá entrar em vigor em 16 de fevereiro de 2020.

O adiamento do referido bloqueio dever-se-á à necessidade de operadoras de telecomunicações norte-americanas precisarem de manter, temporariamente, relações com a Huawei por causa das redes 3G e 4G no interior dos EUA, de acordo com afirmações do secretário de Estado do Comércio, Wilbur Ross, à “Fox Business Network”.

 

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