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Hungria ignora decisão da UE e decide aprovar vacina russa

A vacina Sputnik V, já recebeu autorização em 12 outros países para além da Rússia, mas ainda não tem a aprovação da Agência Europeia do Medicamento. O líder húngaro, que mantém ótimas relações com o presidente russo, Vladimir Putin, toma a polémica decisão a menos de um ano das eleições no seu país.
22 Janeiro 2021, 17h02

A Hungria aprovou o uso da vacina Sputnik V e tornou-se o primeiro país da União Europeia (UE) a dar luz verde ao medicamento russo. Com o acordo para a compra de um milhão de doses, o governo de Víktor Orbán, critica Bruxelas pela sua “lentidão” na distribuição das vacinas adquiridas em conjunto para todos os países da UE, segundo o “El País”.

A Sputnik V, já recebeu autorização em 12 outros países para além da Rússia, mas ainda não tem a aprovação da Agência Europeia do Medicamento. O líder húngaro, que mantém ótimas relações com o presidente russo, Vladimir Putin, toma a polémica decisão a menos de um ano das eleições no seu país.

Para além das relações que mantém com a Rússia, o “El País” avança com a informação que poderá também estar iminente um acordo com a China para a aquisição da vacina contra a Covid-19 fabricada pela Sinopharm.

Esta sexta-feira, dia 22 de janeiro, o primeiro-ministro húngaro acusou novamente Bruxelas pelos “atrasos” na autorização da vacina produzida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, que também recebeu luz verde na Hungria. “Os húngaros não precisam de explicações, mas sim de vacinas”, disse Orbán à rádio estatal húngara. “Os nossos cidadãos não vão morrer porque Bruxelas demora a comprar a vacina. Precisamos da vacina porque isso significa viver”, comentou.

A Hungria, com 9,8 milhões de habitantes, acumula 11,7 mil mortes por covid-19. Tal como os seus vizinhos do Leste, a segunda onda do novo coronavírus também o atingiu com força. Embora tenha caído de seis mil infetados registados no mês passado para menos de dois mil. Cerca de 139 mil pessoas já foram vacinadas com as doses recebidas da Pfizer/BioNTech e Moderna (apenas 165 mil chegaram dos 4,4 milhões que correspondem à Hungria da compra conjunta europeia)

O Instituto Nacional de Farmácia e Nutrição da Hungria, que tem feito os seus próprios testes da vacina russa desde o mês passado, diz que concedeu uma autorização de seis meses para o Sputnik V, que pode ser prorrogada por mais seis meses. Lotes da principal vacina russa, a primeira a ser registada no mundo, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Moscovo, começarão a chegar à Hungria dentro de algumas semanas.

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