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Ano da pandemia foi o pior de sempre para as companhias aéreas, estima IATA

Durante o ano da pandemia, a IATA estima que um milhão de empregos desapareceram e as perdas totais da industria totalizaram cerca de 106,29 mil milhões de euros.
4 Agosto 2021, 10h17

A pandemia da Covid-19 resultou num ano de perdas nunca antes vistas para o sector da aviação, algo que levou o diretor Geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), Willie Walsh a concluir que “2020 foi um ano para esquecer”.

Num relatório publicado esta quarta-feira, intitulado de “Estatísticas do Transporte Aéreo Mundial” (WATS, sigla em inglês), a IATA estima que o número de passageiros caiu 60,2% para 1,8 mil milhões de passageiros a nível mundial (4,5 mil milhões, em 2019) enquanto que a procura por viagens domésticas recuou perto de 66% e as viagens internacionais tombaram 75,6%, quando comparado com os resultados obtidos em 2019.

Já o número de passageiros domésticos reduziu-se em 48,8%. Este declínio no número de passageiros transportados em 2020 foi o maior registado desde de que a receita de passageiro por quilómetro (RPK, sigla em inglês) começou a ser rastreada, em 1950.

Do lado financeiro, no ano passado a receita diminuiu 69% para 189 mil milhões de dólares (159,26 mil milhões de euros), tendo prejuízo líquido sido de 126,4 mil milhões de dólares (106,52 mil milhões de euros), devido aos impactos da pandemia.

Walsh acrescenta que 66% da frota do transporte aéreo comercial mundial ficou “paralisada”, uma vez que os “governos fecharam fronteiras ou impuseram quarentenas estritas”. Durante o ano da pandemia, “um milhão de empregos desapareceram” e as perdas totais da industria “totalizaram 126 mil milhões de dólares” (cerca de 106,29 mil milhões de euros) ainda que “muitos governos tenham disponibilizado linhas de apoio financeiras” ao sector.

Por causa dos principais centros internacionais de Dubai, Doha e Abu Dhabi, a região do Oriente Médio sofreu a maior proporção de perda para o tráfego de passageiros com uma queda de 71,5%  em RPKs em relação a 2019, seguida pela Europa (-69,7%) e pelo continente africano (-68,5%). Já na região da Ásia-Pacifica, a queda foi de 53,4%, em comparação a 2019.

Os voos de carga foi “o ponto positivo”, já que a taxa de ocupação do setor aumentou sete pontos percentuais para 53,8%.

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