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IGCP vai emitir 16,7 mil milhões em dívida a longo prazo em 2020

Programa de financiamento para este ano prevê que Portugal angarie 1,3 mil milhões de euros na emissão de dívida a curto prazo. Primeiro leilão de Bilhetes do Tesouro tem lugar quarta-feira, dia 15 de janeiro, com um montante indicativo entre 1.500 e 1.750 milhões de euros.
  • Cristina Bernardo
6 Janeiro 2020, 16h17

O IGCP – Agência de Gestão de Tesouraria e Gestão de Dívida Pública prevê angariar até 16,7 mil milhões de euros através da emissão de dívida a longo prazo e 1,3 mil milhões de euros através de dívida a curto prazo.

Segundo o programa de financiamento para 2020, divulgado esta segunda-feira, o Tesouro explica que o montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado no ano de 2020 deverá situar-se em cerca de 9,5 mil milhões de euros.

“A estratégia de financiamento para 2020 centrar-se-á na emissão de títulos de dívida pública nos  mercados financeiros em euros com realização regular de emissões de Obrigações do Tesouro (OT), para promover a liquidez e um funcionamento eficiente dos mercados primário e secundário”, refere, acrescentando que “oportunidades para realizar operações de troca e recompras de títulos serão exploradas”.

A entidade presidida por Cristina Casalinho prevê financiar-se em 16,7 mil milhões através da “emissão bruta de OT [Obrigações do Tesouro], combinando sindicatos e leilões, assegurando emissões mensais”, com os leilões a ter lugar ás segundas e quartas quarta-feiras de cada mês.

O Tesouro explica ainda que” em 2020 espera-se que o financiamento líquido resultante da emissão de BT [Bilhetes do Tesouro] resultará num impacto positivo de 1,3 mil milhões de euros. Será mantida a estratégia de emissão ao longo de toda a curva, combinando prazos curtos com prazos longos”. Os leilões terão lugar na terceira quarta-feira de cada mês e “se a procura de investidores o justificar, pode usar também a primeira quarta-feira”.

“O montante indicativo dos leilões continuará a ser anunciado ao mercado através de um intervalo. A decisão de alocação a cada série caberá ao IGCP em função da procura verificada e do respetivo preço”, refere.

A estreia de Portugal no mercado de emissão de dívida este ano tem lugar a 15 de janeiro, num leilão de Bilhetes do Tesouro a seis e doze meses, com um montante indicativo entre 1500 e 1750 milhões de euros. No primeiro trimestre, o IGCP prevê angariar até 4.500 milhões de euros na emissão de dívida a curto prazo, tendo um outro leilão duplo previsto para 19 de fevereiro e outro para 18 de março.

“A gestão do risco de refinanciamento implicará que as operações de financiamento a realizar evitarão a criação de excessivas concentrações temporais de amortizações, assim como a possibilidade de realização de operações de recompra de dívida, oportunamente anunciadas ao mercado”, explica, indicando que “o IGCP manterá flexibilidade para introduzir na execução deste programa os ajustamentos que se venham a revelar necessários face à evolução dos mercados e das necessidades de financiamento ao longo do ano”.

“Poderão ainda ser realizadas emissões no âmbito do programa EMTN, em função das oportunidades de mercado que se enquadrem na estratégia de financiamento”, frisa.

[Atualizado às 16h27] 

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