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IL defende que falta de gestão adequada da pandemia levou à necessidade de novo estado de emergência

À saída da reunião com o Presidente da República, o deputado único da Iniciativa Liberal foi bastante crítico da estratégia do Governo, apelidando-a de “errática” e exortando a aplicação de medidas que permitam tomar decisões mais informadas, como a fiabilidade e disponibilização dos dados e o rastreamento de contactos.
  • Presidente do Iniciativa Liberal (IL), João Cotrim Figueiredo
2 Novembro 2020, 12h40

A Iniciativa Liberal (IL) questiona a falta de coordenação e eficiência na gestão da pandemia que, para o partido, levou a que se tenha de considerar agora novamente o estado de emergência. Depois da reunião com o Presidente da República na manhã desta segunda-feira, João Cotrim Figueiredo falou de “falta de profissionalismo” pelo Governo e “falta de confiança” na capacidade de lidar com a crise pandémica.

A IL refere várias medidas que poderiam ter evitado o agravar da pandemia em Portugal, como o reforço dos profissionais ligados ao rastreamento, a disponibilização de dados em aberto à comunidade científica e uma política de testes rápidos, questionando como foi possível deixar-se passar oito meses de pandemia para implementar tais políticas.

“Temos sido o partido que mais tem insistido na qualidade e fiabilidade dos dados. Ainda hoje, oito meses depois e 140 mil infetados oficiais depois, continuamos sem conhecer a origem provável dos contágios”, referiu Cotrim Figueiredo, que defende para a tomada de decisões uma estratégia de avaliação e comparação do “impacto social e económico de cada medida com o impacto de contenção da pandemia dessa medida, porque é a proporcionalidade das medidas que interessa”.

A política de comunicação foi também visada na intervenção do deputado único da IL, apelidando-a de “errática” e questionando a desproporcionalidade das políticas apresentadas. “Ninguém compreende que, em contexto familiar, se possa reunir em grupos de seis e em eventos em grupos de cinco”, salientou Cotrim Figueiredo.

Lembrando que foi “o único partido que votou duas vezes contra o estado de emergência” no início da crise da Covid-19 em Portugal, João Cotrim Figueiredo afirmou que o partido aguardará o diploma para decidir o seu sentido de voto, adiantando ainda que a possibilidade de votar a favor do mesmo “é remota”.

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