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Imobiliárias defendem extensão das moratórias: “É fundamental para a sobrevivência da economia”

Luís Lima, presidente da APEMIP, compara as moratórias aos ventiladores e a acredita que essa extensão beneficiaria tanto a banca como o mercado imobiliário.
15 Maio 2020, 11h56

A Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) considera que as moratórias de crédito para empresas e famílias foram “absolutamente fundamentais” para a “sobrevivência da economia” nos últimos dois meses e defende o alargamento do período de mora de seis para doze meses.

“Creio que um semestre será insuficiente para evitar o crescimento do crédito mal parado. Seria muito importante que as moratórias tivessem pelo menos doze meses de duração, medida que parece ser consensual nomeadamente junto do governador do Banco de Portugal e do presidente da Associação Portuguesa de Bancos”, explica o presidente da APEMIP, Luís Lima.

O dirigente associativo propõe que o regulamento seja prolongado “o quanto antes, com um enquadramento que inclua os vários créditos existentes por forma a evitar o incumprimento de famílias e empresas”, segundo um comunicado divulgado esta sexta-feira.

Luís Lima compara as moratórias aos ventiladores e a acredita que essa extensão beneficiaria tanto a banca como o mercado imobiliário. No primeiro caso, devido à eventual necessidade de aumento de provisões e no segundo porque poderia impedir que as pessoas desvalorizassem o património construído.

O representante das imobiliárias reforça ainda a ideia de que não existe argumento para se assistir à quebra de preços no mercado: “Atualmente não há excesso de stock, nem os níveis de endividamento a que assistimos no período da ‘troika’. A par de alguns reajustes de preços que estavam especulados, em particular nos centros das principais cidades, não há motivo para assistir às descidas acentuadas de preços que vimos no passado”.

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