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Grupo Dia quer abrir mais lojas em Portugal

Grupo espanhol diz que não teme a entrada de novos operadores e considera que 2016 foi um êxito.
  • Ricardo Currás, CEO do grupo Dia
24 Fevereiro 2017, 11h21

O grupo Dia, que detém a rede de supermercados Minipreço, quer abrir novas lojas em Portugal e ampliar a sua presença, revelou o diretor executivo corporativo do espanhol de distribuição, Amando Sánchez. O grupo aumentou em apenas duas o número de lojas em Portugal, no ano passado, para 623, das quais 367 são lojas próprias e 256 em franchise.

“[Queremos] apostar na abertura de mais lojas”, disse Amando Sánchez, referindo, também, a concorrência no mercado português. “Portugal é um país extremamente competitivo”, disse, para sublinhar que o grupo está bem estruturado e que tem uma oferta competitiva, pelo que, não teme a chegada de novos operadores.

“Estamos tranquilos com a entrada da Mercadona em Portugal”, disse.
Sánchez apontou, ainda, que os objetivos do grupo para este ano em Portugal passam, também, pelo reforço do número de franquias, até porque “a satisfação dos franchisados está cada vez melhor”.

As vendas do grupo espanhol Dia em Portugal cresceram 3% no ano passado, face ao ano anterior, 848 milhões de euros, valor que representa uma quota e 8% na faturação total do grupo.

Amando Sánchez define o desempenho da operação em Portugal, no ano passado, como um sucesso, quando comparado com os “anos complicados de 2014 e 2015”. “Foi um êxito”, afirmou.

Em 2015, o grupo Dia e o Intermarché fecharam um acordo para terem uma central e compras conjunta, denominada CINDIA – Central de Negociação, com o objetivo de melhorar o negócio, otimizar as condições de aquisição para as duas insígnias e reforçar a oferta de serviços aos fornecedores, através da criação de um modelo mais familiar, focado principalmente nos jovens.

Em termos globais, nos cinco mercados em que opera – Portugal, Espanha, China, Argentina e Brasil – o grupo Dia registou vendas brutas sob insígnia no total de 10.550 milhões de euros, representando um crescimento de 10,2% face a 2015. No mercado ibérico, as vendas registaram um crescimento de 1,1%, para cerca de 6.815 milhões.
Ricardo Currás, administrador executivo do grupo diz que o “centro da estratégia” para 2017 é “o cliente”. Por isso, o grupo vai investir na melhoria de lojas, ofertas e serviços, assim como no aprofundamento e melhoramento de tecnologias digitais e na colaboração com outras companhias.

“Esperamos aumentar as vendas e [conseguir] a estabilização das margens [com estes investimentos]”, afirmou.
Até 2018, o Grupo quer atingir 750 milhões de euros acumulados em operações de caixa e um crescimento de 7%, sem efeitos cambiais.

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