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“Incentivar um crescimento inclusivo e criar emprego”. A carta de Mário Centeno ao Eurogrupo

Na carta de motivação enviada a Bruxelas, o governante diz que as suas prioridades para o cargo serão garantir uma maior transparência da União Europeia (UE) e procurar construir uma economia da Zona Euro “mais resiliente e madura”.
  • Cristina Bernardo
30 Novembro 2017, 20h09

O ministro das Finanças, Mário Centeno, formalizou esta quinta-feira a sua candidatura à presidência do Eurogrupo. Na carta de motivação enviada a Bruxelas, a que o ‘Jornal de Negócios’ teve acesso, o governante diz que as suas prioridades para o cargo serão garantir uma maior transparência da União Europeia (UE) e procurar construir uma economia da Zona Euro “mais resiliente e madura”.

“A Zona Euro tem de estar preparada para enfrentar os desafios vindouros. A sua estrutura institucional tem de tornar-se mais resiliente, promover a convergência económica e ir ao encontro das expectativas dos nossos cidadãos”, escreve Mário Centeno na carta apresentada a Bruxelas.

Mário Centeno considera que é essencial aprofundar a União Económica e Monetária (UEM) para “incentivar um crescimento económico inclusivo e sustentado e criar emprego”. Na carta, o ministro português refere que concorda com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, sobre a necessidade de se criar uma maior abertura para a discussão de temas europeus e garantir a eficácia da sua implementação.

“Deve ser promovida uma participação mais alargada de todos os organismos da UE no processo de tomada de decisão”, defende o ministro das Finanças. “Aumentar a transparência vai contribuir para a legitimidade do processo aos olhos dos cidadãos europeus”.

Sobre as qualidades que o futuro presidente do Eurogrupo deve ter, Mário Centeno sublinha que este deve “promover a implementação de um quadro de supervisão orçamental totalmente credível e de mecanismos de coordenação política mais robustos”.

“Como mostra o meu percurso como ministro português das Finanças, estou profundamente comprometido com a implementação do Pacto de Estabilidade e Crescimento que os nossos países acordaram em conjunto”, salienta o número dois do Governo de António Costa.

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