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Incerteza deixa Wall Street em banho-maria

No caso da guerra comercial, é cada vez mais comum os principais analistas falarem num evento de “vender nas notícias”, caso o acordo parcial seja alcançado antes da efetivação das novas tarifas no domingo.
  • REUTERS/Regis Duvignau
11 Dezembro 2019, 11h21

Não há muito para dizer sobre a sessão de terça-feira a não ser que foi quase uma previsível copia de muitos dias recentes em Wall Street, pouca variação em termos percentual mas com varias mudanças de sentido, num cenário típico de falta de direcção que tem sido comum desde a última reunião da Fed, na qual ocorreu uma redução dos juros, o último grande catalisador relevante para os índices norte-americanos.

Isso não invalida que, aqui e acolá, os Touros encontrem motivos para puxar pelo mercado, mas nada de muito expressivo nem tão pouco continuado. Em suma, os investidores não encontram grandes razões fundamentais para colocar mais risco nos seus portefólios, a tão pouco tempo do final do ano e ainda com algumas incertezas que podem trazer uma surpresa, não sendo no entanto muito claro como irá o sentimento evoluir com a clarificação das mesmas.

Por exemplo, no caso da guerra comercial é agora cada vez mais comum os principais analistas falarem num evento de “vender nas notícias”, caso o acordo parcial seja alcançado antes da efectivação das novas tarifas no Domingo, ou em alternativa caso exista um adiamento desse agravamento.

O certo é que mesmo a ocorrer uma correcção dos índices o panorama não deverá ser de um movimento acentuado, pelo menos se tivermos em conta que nos últimos dois anos os Ursos foram sempre contrariados nas suas intenções, com excepção das quedas de final de 2018, que no entanto não colocaram um fim ao maior e melhor Bull market da história de Wall Street.

No mercado cambial o dia foi igualmente de tranquilidade, tal como nas matérias-primas, com o petróleo a valorizar ligeiramente, permitindo às energéticas alcançarem o melhor desempenho no S&P500, mas com um ganho residual de apenas 0,15%.

O gráfico de hoje é da Apple, o time-frame é mensal.

 

Os títulos da fabricante dos iPhones continuam imparáveis e nem a linha superior do canal ascendente (azul) ofereceu-se para já grande resistência à subida do valor da empresa.

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