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“Incerteza na cidade não ajuda nas reservas”. Lisbon Marriott reabre quarta-feira ao público

Elmar Derkitsch diretor-geral da unidade hoteleira que vai receber uma das oito equipas da Liga dos Campeões, afirma que o “mês de julho está fraco” e que em 2020 as perdas de receitas serão entre 50% a 60%, face ao ano passado.
8 Julho 2020, 08h05

É num cenário de incerteza que o Lisbon Marriott Hotel reabre esta quarta-feira ao público. Apesar de apostar em pacotes de verão para tentar recuperar as receitas perdidas durante os meses de confinamento, o austríaco Elmar Derkitsch, diretor-geral da unidade hoteleira assume em declarações ao Jornal Económico, que “em 2020 vamos ter perdas de 50% a 60% em relação a 2019”.

A situação que a cidade de Lisboa tem vivido nas últimas semanas ao registar a maior parte do número diário de casos da Covid-19, não tem contribuído para que as reservas comecem a chegar ao hotel. “O mês de julho está fraco e a situação que Lisboa atravessa não ajuda, até porque a imprensa internacional tem passado uma imagem de que em Lisboa as coisas não estão a funcionar bem. Dependemos também muito de eventos como congressos ou reuniões, já temos alguma procura por parte das empresas, mas não temos ainda confirmações devido a toda a incerteza na cidade”, explica o responsável.

No entanto, a vinda da Liga dos Campeões para Lisboa está a ajudar nas previsões para o mês de agosto. O cenário da pandemia vai levar, contudo, a que sejam impostas medidas de restrição que até aqui não existiam.

“Com as novas normas da Direção Geral de Saúde temos de separar os grupos de pessoas dos clientes individuais. Vamos utilizar salas maiores para a parte das refeições, até porque a ideia do buffet é para esquecer por completo. A equipa que ficar instalada irá fazer as suas refeições numa sala isolada das restantes pessoas e tentaremos ao máximo com que não se cruzem com os restantes hóspedes”, refere Elmar Derkitsch.

Todo este processo de logística vai obrigar a que a unidade hoteleira tenha mais custos, mas isso não é uma preocupação para o diretor-geral. “A nossa prioridade em termos de investimento é a segurança dos nossos funcionários e clientes, isso não é negociável”, frisa.

Como tal, têm sido levadas a cabo ações de formação junto dos funcionários sobre a forma como os clientes devem ser tratados na reabertura do hotel. Mesmo que a logística seja mais demorada devido às regras do distanciamento social o que importa “é não arriscar a saúde de ninguém em nada”.

Uma situação que também acaba por se refletir no investimento financeiro feito pela unidade hoteleira. “Em comparação com aquilo que seria uma operação normal, os custos irão aumentar 30%, dependendo também do período sazonal”, realça o diretor.

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