A economia da zona euro cresceu, em janeiro, ao ritmo mais acelerado em quase 12 anos, de acordo com o Índice de Gestores de Compras (PMI, na sigla em inglês), publicado esta segunda-feira pela IHS Markit. Os dados finais de 58,8 pontos, que foram impulsionados pelos “sólidos fluxos de novos negócios” e “criação de emprego mais robusta desde finais de 2000”, significam uma revisão em alta face à estimativa de 58,6 pontos.
“Nos 58,8, os dados finais do FMI da zona euro, em janeiro, são ainda mais elevados que a estimativa rápida, registando a expansão mensal mais forte desde junho de 2006”, explicou o economista-chefe de empresas da IHS Markit, Chris Williamson, em comunicado. “Se este nível se mantiver em fevereiro e março, o PMI indica que o PIB do primeiro trimestre deverá crescer aproximadamente 1% face ao trimestre anterior”.
O indicador aumenta há 55 meses consecutivos, sendo que o setor da produção manufactureira continuou, em janeiro, a registar uma performance melhor que o setor dos serviços. No primeiro caso, aproximou-se dos máximos de sempre de dezembro de 2017, enquanto no segundo, assiste-se ao melhor momento desde agosto de 2007.
Entre os vários países, França subiu ao topo do ranking de crescimento, com uma expansão equivalente a dezembro e próxima do recorde de seis anos e meio, registado em novembro. O crescimento da Alemanha está em máximos de 81 meses e Itália de 139 meses.
“A forte retoma é abrangente, o que contribui para que o potencial de crescimento se torne mais sustentável enquanto a procura aumenta pela área da moeda única, alimentando-se de criação de emprego mais elevada e erosão da sobra de capacidade”, acrescentou Chris Williamson. “Os dados do inquérito indicam, por isso, que a zona euro começou 2018 com um momentum de bom crescimento, em que as pressões nos preços estão a acumular consideravelmente”.
O índice de gestores de compras é calculado pela IHS Markit através de cinco indicadores: novas encomendas, níveis dos inventários, produção, entregas de fornecedores e ambiente no mercado de trabalho. Para isso, a empresa realiza inquéritos mensais a cerca de 300 empresas e atribui uma pontuação, que acima de 50 significa expansão, abaixo contração, enquanto o 50 é a estagnação.
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