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INE regista recessão de 5,2%, a maior dos últimos cinco anos em Angola

O ano passado, confirma-se assim, foi o quinto ano consecutivo em que a economia angolana perdeu terreno, depois das quebras de 2,6% em 2016, de 0,2% em 2017, de 2,1% em 2018 e de 0,6% em 2019, segundo os dados apresentados pelo INE angolano.
19 Abril 2021, 12h35

A economia de Angola registou um crescimento negativo de 5,2% no ano passado, de acordo com os dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE), confirmando a maior queda da economia nos últimos cinco anos.

“O Produto Interno Bruto (PIB) em volume encadeado do quarto trimestre de 2020, em comparação com o trimestre anterior, ajustado sazonalmente, registou um crescimento de 0,6%, e em comparação com o quarto trimestre do ano anterior registou uma queda de 5,4%; o PIB anual preliminar, resultante dos quatros trimestres de 2020, recuou 5,2% em relação ao ano de 2019”, lê-se na nota disponível no site do INE, consultada hoje pela Lusa.

O ano passado, confirma-se assim, foi o quinto ano consecutivo em que a economia angolana perdeu terreno, depois das quebras de 2,6% em 2016, de 0,2% em 2017, de 2,1% em 2018 e de 0,6% em 2019, segundo os dados apresentados pelo INE angolano.

No ano passado, a economia do segundo maior produtor de petróleo esteve sempre em território negativo, começando no primeiro trimestre com uma queda de 0,8%, que se aprofundou para 8,5% de abril a junho, e abrandou depois para 6,2% nos três meses seguintes e para 5,4% no último trimestre do ano passado.

Segundo o INE, “o desempenho das atividades económicas no quarto trimestre de 2020 em relação ao quarto trimestre de 2019, em termos de variação negativa, é atribuído fundamentalmente às atividades de Construção (-41,5%),Transporte e Armazenagem (-13,2%), Correios e Telecomunicações (-16,9%), Extração e Refino de Petróleo (-10,8%), Administração Pública (-6,8%), Outros Serviços (-2,8%), Eletricidade e Água (-2,9%)”, lê-se na apresentação das Contas Nacionais do quarto trimestre.

Para este ano, o Governo estima um crescimento positivo muito próximo de 0%, enquanto o Fundo Monetário Internacional reviu na semana passada em baixa a previsão de crescimento para 2021, de 3,2% para 0,4%.

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