A última leitura da inflação na zona euro, referente ao mês de novembro, aponta para máximos de 1991, com este indicador a atingir os 4,9%, segundo a estimativa rápida do Eurostat conhecida esta semana. Apesar de Portugal se manter como uma das economias da moeda única onde a pressão nos preços é menos intensa, é expectável que a subida dos custos da energia acabe por se fazer sentir no país, enquanto as instituições europeias terão de monitorizar este fenómeno atentamente.
A abrupta interrupção da atividade económica implicou o adiamento de partes consideráveis dos consumos intermédios de vários sectores e do consumo final das famílias, o que se traduziu, aquando do levantamento das restrições pandémicas, num pico de procura para o qual os mercados não estavam preparados para responder. Este foi um dos principais motores da atual subida generalizada de preços nos países mais desenvolvidos, o que levou à avaliação inicial por parte dos bancos centrais de que o fenómeno seria transitório.
No entanto, e mesmo contabilizando os fortes efeitos base que agravaram este indicador, a elevada inflação mantém-se, mostrando mesmo uma tendência de subida que continua sem abrandar. Para Pedro Lino, economista e diretor executivo da DIF Broker, esta pressão não será temporária, dada a transformação que a economia global está a sofrer.
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