[weglot_switcher]

Iniciativa Liberal acusa Governo de “proximidade a ditadores, tiranetes e regimes com pouco apreço pelas regras democráticas”

Notícia do “Público” sobre o alinhamento de Portugal com as posições da Hungria e da Polónia levaram partido a apontar o dedo às ligações de executivos socialistas com “tiranos fofinhos”.
29 Novembro 2020, 16h06

A Iniciativa Liberal acusou o Governo, nomeadamente o primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros, de privilegiar a “proximidade a ditadores, tiranetes e regimes com pouco ou nenhum apreço pelas regras democráticas”, reagindo a uma notícia do “Público” sobre o alinhamento de Portugal com a Hungria e a Polónia contra o mecanismo de defesa do Estado de Direito no âmbito da União Europeia.

“A relação ‘fofinha’ de Costa e de Santos Silva com quem não hesita em atropelar as liberdades dos cidadãos envergonha Portugal e expõe a natureza hipócrita das proclamações socialistas sobre princípios e valores democráticos”, lê-se numa publicação do partido partilhada nesta tarde de domingo nas redes sociais, acrescentando que “os socialistas não têm outra visão para Portugal que não seja a de viver de mão estendida a pedir dinheiro e a única linha vermelha que conhecem é a que os faça perder poder”.

A mensagem é acompanhada por uma imagem de um cartão de “Bingo Governos PS com ‘Tiranos Fofinhos'” que retrata encontros de António Costa, Jorge Sampaio e José Sócrates com o chinês Xi Jinping, o falecido venezuelano Hugo Chávez e o seu sucessor Nicolás Maduro, o cubano Fidel Castro, o húngaro Viktor Orbán, o guinéu-equatoriano Teodoro Obiang e os também já falecidos Robert Mugabe, do Zimbabué, e Muhammar Kadhafi, da Líbia. Equipado com o fato de treino tricolor popularizado por Chávez e Maduro surge na publicação da Iniciativa Liberal o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

Numa referência implícita não só às relações privilegiadas com outros países, mas também à alegada negociação do PS com o deputado único do Chega, André Ventura, no Orçamento do Estado para 2021, a Iniciativa Liberal diz que “os socialistas portugueses já demonstraram inúmeras vezes que não hesitaram em socorrer-se de variados tiranetes que condenam o seu povo a misérias ou a negociar com forças extremistas se isso significar mais negociatas ou mais poder para si”.

O partido recorda, a esse propósito, o “encontro extremamente cordial” que António Costa manteve em julho com o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, tendo então o governante português garantido que as regras do Estado do Direito não deveriam ‘atrapalhar’ a distribuição das verbas da ‘bazuca europeia’ que procura compensar o impacto da pandemia de Covid-19 na economia da União Europeia.

Pouco antes, o presidente da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, comentara nas redes sociais que “o respeito pelo Estado de Direito não é um mínimo a ser cumprido, mas sim a base dos valores europeus”.

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.